Capítulo 56

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" Pov Yasmin"

— Me fala antes, porque não me contou que você e a Vanessa se beijaram no dia que chegou aquele presente dela pra Luna?

— Porque eu não queria te magoar, não tinha coragem de te contar.. então deixei o tempo passar, aí a angústia aumentou aí preferi terminar sem te dizer o motivo.

— Olha, por favor, se um dia for terminar comigo de novo, seja homem o suficiente pra olhar nos meus olhos. - Eu disse, tentando manter a firmeza, mas com um peso enorme no coração.

— Eu faço o que você quiser, meu amor. Me arrependo tanto disso... - Gabriel respondeu, com a voz embargada de culpa.

— Vi todo esse arrependimento ontem no Numanice, beijando aquela loira no telão. - Minha voz saiu mais fria do que eu queria, mas eu não podia evitar.

— Eu estava beijando qualquer uma, tentando te esquecer. Você não sai da minha cabeça e nem nem do meu coração.

— Te perdoo, eu queria te odiar mas eu juro que eu te amo. - digo olhando nos olhos dele, ele responde que também me ama e solta:

— Mas agora me diz, o que você e a Vanessa estavam fazendo naquele banheiro juntas? Eu vi vocês saindo de mãos dadas e não entendi nada.

— Você foi um tremendo filho da puta com ela, sabia? Esperou a garota ir no banheiro pra beijar outra. Porra, Gabriel, enfiou a tal da responsabilidade afetiva no cu de novo.

— O Scooby disse que posso até pedir música no Fantástico da próxima vez. — Ele tentou brincar, soltando um riso, mas eu não achei graça.

— Bobo, isso não tem graça nenhuma. Imagina se um cara faz isso com a Luna no futuro? Você ia curtir? — Falei, dando uns tapinhas leves no ombro dele, tentando ser firme, mas ainda brincando.

— Não fala isso, Ya. Nem de brincadeira. Não tô preparado pra ver a Luna nessa fase.

— Pois é melhor ir se preparando. Logo ela vai estar em todas as baladas de Maresias, e eu vou apoiar. Quero que ela seja uma mulher livre e feliz.

— Isso eu também quero. - Ele assentiu, mas estava pensativo.

— Então pensa nisso: como você se sentiria se fizessem com a sua filha o que você fez com outra mulher? Agora, esquece essas besteiras, porque daqui pra frente você só vai pensar em mim.

— Eu nunca pensei em outras mulheres, só continuei com a Vanessa por ego, já tinha ido longe demais pra voltar atrás aí preferi ser moleque e te magoar.

— E magoou pra caralho. - digo me lembrando de tudo.

— Você é o amor da minha vida. Você foi um anjo, esteve do meu lado nos meus piores momentos e olha como eu te retribuí... - Ele parecia genuinamente arrependido.

— O importante é que você reconhece. Já é um começo, né? Agora vamos seguir em frente e fazer nossos combinados pra nada abalar nosso casamento de novo.

— Vamos, com certeza. Primeira coisa: não deixar ninguém se meter. A gente vai conversar sempre só nós dois, sobre tudo.

— Certo. Segunda coisa: nunca, jamais, fazer nada sem explicar, sem olhar nos olhos. Isso machuca pra caramba. Você tem noção do quanto eu me culpei, do quanto achei que tinha feito algo errado?

— Combinado! E você não fez nada, o problema foi todo meu. Eu precisei te perder pra entender o quanto você é importante pra mim, o quanto sou um homem melhor ao seu lado. - Ele me abraçou, e nesse momento, as lágrimas vieram. Eu solucei levemente enquanto ele me consolava.

— Fico mais aliviada em ouvir isso. Sabia que a Vanessa dormiu aqui? Você foi embora e deixou a garota sozinha, sem um lugar pra ficar.

— Então vocês são amigas agora? - Ele perguntou, surpreso.

— Aham, estávamos as duas chorando no banheiro por sua culpa. Eu encontrei ela lá, meio bêbada, com o rímel todo borrado, aí ajudei ela, coitada.

— Eu brinquei com os sentimentos dela... sempre fomos mais amigos que qualquer coisa. Ficávamos de vez em quando, mas sem sentimento da minha parte. Quanto a deixar ela sozinha, eu não podia entrar no banheiro feminino, né? Fiquei esperando, mas vocês saíram de mãos dadas e nem olharam na minha cara, então fui embora. - explicou.

— Nunca mais faz isso, ouviu? Ela é uma boa menina. Me pediu desculpas por ter feito o que fez no batizado e pelo beijo que vocês deram quando veio ver a Luna e eu não estava.

— Esquece esse beijo. Esquece tudo isso. Vamos só focar no nosso amor, em conquistar nossos sonhos juntos.

— Que sonhos? - Perguntei, curiosa.

— Lembra dos nossos planos? Lua de mel em Bali, mais uns cinco irmãos pra Luna, e criar um santuário de animais. - Ele disse, sorrindo e me dando um selinho.

— Lua de mel em Bali, ok. Criar um santuário de animais, ok. Mas cinco filhos, lindo? Não sei se aguento mais cinco gravidezes e passar por tudo aquilo no parto.

— Ok, pode ser mais uns três então. Só sei que quero uma família grande. E estava com saudades de você me chamando de lindo. - Ele sorriu, imitando meu jeito de falar.

— Lindo! - Eu gargalhei e o beijei em seguida. Foi um beijo cheio de saudade e amor, como se selasse nossa reconciliação.

Do outro lado da porta de vidro que separava a sala de estar da de jantar, Luiza observava. Orgulhosa e feliz, ela sorria, vendo que finalmente estávamos nos entendendo.

— Eu sabia que vocês iam se resolver! Fico tão feliz por isso, vou convidar a Bruna e o Felipe pra virem almoçar aqui todos juntos.

— Acho ótimo, estou morrendo de saudades da Ana Lua.

— Vocês nasceram um pro outro, não tem jeito. E você Gabriel nunca mais faça a minha filha sofrer dessa maneira, eu estive prestes a te odiar.

— Pode deixar sogrinha! Luna, a priminha Ana Lua vai vir brincar com você.. que tal? - ele encara a bebê que sorri de volta pra ele.

— Acho que ela adorou a ideia.

— Vou colocar um look de princesa pra esse almoço então. Aguardem o Luna Fashion Week. - brinca

— Com o Versace que a vovó deu, amei.

— Quase que não serve mais mãe, fui olhar pra colocar nela e aí do nada já está servindo.

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A sereia e o surfista - Yasmin Brunet e Gabriel MedinaOnde histórias criam vida. Descubra agora