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Por Joe

—Joe... —A mão segurou a minha na maçaneta do carro por um instante, me fazendo erguer a cabeça para seu rosto.

Sua expressão ainda divertida me avaliava com a sobrancelha erguida.

—Khun Ming? —Falei sério, mas seu sorriso suave ainda se mantinha em seu rosto.

—Você... —Ele olhou meu rosto por um instante, se perdendo nos detalhes por onde seus olhos correram, então ele soltou minha mão e deu um passo para trás. —Lidy, quer comer o que?

Abri a porta do carro para ambos, depois me voltei para o banco do motorista, apertando o volante em meus dedos.

Isso sempre foi algo comum, as mulheres pareciam como libélulas vendo um farol de luz no escuro assim que viam ele. Não me surpreenderia que a reunião de pais na escola de Lidy fosse assim também.

Me repreendi internamente, se eu estava tão incomodado com a atitude de Khun Tânia eu podia apenas ter deixado Ming ser grosseiro com ela, como ele estava prestes a fazer. Porém eu tive que pensar no quanto poderia ser danoso para a carreira dele e seus negócios ser visto como um arrogante.

Por um instante eu me esqueci coisas importantes dessa equação, ninguém ousaria apontar o dedo para alguém da família Akhrayothar e o julgar publicamente, mas como eu demorei para descobrir essa informação sobre ele, as vezes eu me esquecia o quanto isso era algo realmente importante.

Ele era um integrante de uma das família mais importantes e ricas da Tailândia. Qualquer um teria cuidado ao se referir a ele.

—Joe, vamos para casa. —Ming me despertou, de repente. —Lidy querida, quer comer algo especial hoje?

—Não Tio. —Dei a partida no carro colocando o endereço no painel. —Phi Joe... Ficou bonito com o cabelo escuro não achou?

Franzi o cenho, dando uma leve olhada para os dois pelo retrovisor, de fato era a última das situações que eu queria viver nesse dia, já estressante.

Os dois comentando sobre mim.

Lidy sendo passiva agressiva.

Os dois pares de olhos me avaliaram pelo retrovisor me levando a desviar o olhar para o retrovisor, manobrando o carro em silêncio.

—Sim, você gostou querida?

—Me perguntei se o meu tio teria gostado.

—Porque isso?

—Bom... O corte, a cor... É como Phi Tong. —A menção suave a Tong me levou a morder o lábio irritado, apertando o volante mais forte em meus dedos.

—Uhm... Não vejo isso. —Ele respondeu com a voz entediada. —De qualquer forma, ele quer ser dublê então...

—Dublê... Faz sentido a cor e o corte então. —Lidy fez um barulho profundo com a garganta. —Phi Joe nunca me disse que sabia lutar...

Então ela estava querendo me incluir na conversa.

—Não me atracaria Khun Lidy.

—Você luta o que Phi?

Desviei o olhar para o retrovisor quando o trânsito parou.

—Sabe lutar com espadas?

—Sim...

—E você já foi para campeonatos? Não me lembro disso... E eu acompanhei seu grupo lá na Coreia por um bom tempo.

—Provavelmente antes de eu debutar.

A Luz que Deixou seus Olhos • MingJoeOnde histórias criam vida. Descubra agora