A Luz que Deixou seus Olhos • MingJoe

40.

Nota rápida da autora

Sinto que precisamos de um momento desse para respirarmos. Finalmente capítulo 40! Então vamos ver uma nova perspectiva.

Fica aqui um presente para vocês.

Esse tão esperando Pov

_*-*_

Por Ming

Eu caminhei até a cama, me jogando no colchão macio, o teto do meu quarto de repente havia perdido qualquer cor, me deixando mais disposto a apenas virar a cabeça para a enorme janela ao lado da minha cama.

Daqui, eu podia ver o lago, toda a área verde que se estendia ao seu redor e a luz brilhante da lua no horizonte.

Era uma noite linda, sem nuvens no céu azul.

A música estava quase um som ambiente, depois de dar comida a Lidy e deixá-la ir para seu quarto eu nem pensei em me mover para o banheiro, tomar um banho e ir dormir.

Na verdade, eu ergui minha mão na direção da lua, sentindo o profundo desejo de pega-la entre meus dedos.

Eu sentia como se... Tivesse perdido uma informação muito importante.

Mas isso tão pouco fazia diferença, porque tudo o que eu queria a esse ponto era, tocar a lua.

—Phi Joe —Eu gritei tão alto, que eu internamente soube que mesmo os deuses estando em outra dimensão, ouviram. Eles deviam que ouvir meu pedido desesperado, meu grito angustiado.

Eu sei, eu estou agora colhendo o que eu plantei.

Esse era a principal frase que minha mente repetia em loop.

Eu mereço.

Eu fiz isso.

Eu causei isso.

Eu nos trouxe até aqui.

Os diversos braços dos estranhos me segurando, junto com a força de Jim que me puxou o suficiente para que eu tivesse que soltar a grade da ponte.

—Não, não, não. —Eu repetia sem parar balançando a cabeça. —Me solta Jim! —Eu gritei irritado, subitamente toda a força havia abandonado meu corpo, a ponto de não conseguir realmente me soltar de seu aperto forte.

—Khun Ming por favor! —Ele gritou em resposta. —Não há nada que o senhor possa fazer.

Sim eu sei que tem, eu preciso pular na água, eu tenho que ir junto.

—Eu preciso tirar ele de lá, eu preciso...

—Khun Ming! O senhor tem que pensar direito! —Ele gritou em quanto eu o machucava ao me debater em seus braços. 

Por fim, sua força começou a se esvair, até o momento em que ele pode dizer a única coisa que me faria parar.

—E Khun Lidy? Já pensou nela?

Senti instantaneamente meu corpo paralisar.

A razão voltando a minha consciência.

O barulho das pessoas comentando ao meu redor, o barulho das buzinas na ponte.

Nada disso fez sentido o suficiente para que eu não caísse de joelhos no chão.

De repente tudo havia perdido qualquer apresso. Nada mais teria brilho para mim.

—Tem razão, Lidy... —Murmurei baixo. Meu rosto inundado pelas lágrimas, mas minha voz ainda saia pelos meus lábios.

Pelo menos por um tempo.