A Luz que Deixou seus Olhos • MingJoe

35.

Por Joe

A essa altura, nada mais importava. Eu estava sentando na mesa de jantar observando a senhora Hong, com a bochecha machucada ainda, me servindo um prato.

Cada movimento suave da senhora, perfurava meu coração, o seu cuidado, carinho e afeto pelo Wen, talvez nunca chegasse a ele.

Então eu precisei sorrir e agradecer quando o prato me foi entregue.

—Filho, como foi seu dia? —Ela perguntou me sorrindo com carinho.

Tive que suspirar levemente, para lhe presentear um sorriso doce.

—Mãe, obrigado. —Falei subitamente, a levando a se surpreender. A senhora abriu a boca chocada quando continuei. —Prometo que vou cuidar de você mãe.

—Querido... você não precisa se preocupar eu...

Estiquei a mão para apertar a dela sob a mesa.

—Me desculpe se não fui um filho presente antes, mas ficaria ao seu lado mãe.

O carinho e o cuidado que ela me oferecia, eu deveria retribuir.

Quando seu rosto ficou molhado pelas lágrimas eu senti meu coração se apertar. O que quer que tenha acontecido entre essa mãe e esse filho, não valeria uma briga desse porte que os separou pela vida e a morte.

Mais uma vez, a sensação de ter perdido algo a muito tempo, quando abandonei meu irmão em casa, me tomou.

Os desentendimentos, não deveriam se tornar longos a ponto de separar as pessoas que se amam assim.

Então eu reafirmei minha decisão de cuidar dela como minha mãe e senti meu coração se esquentar com isso.

Tudo bem mãe? Se eu tiver duas mães?

Senti como se esse fosse um presente de mamãe para mim. Então eu só pude agradecer em silêncio.

Na manhã seguinte, sentia minha mão tremer quando entrei no escritório de Phi Wut, dando de cara com a figura sombria vestida em parada.

O homem tirou o óculos de grife e me avaliou profundamente.

—Boa tarde. —Murmurei prestando respeito com um Wai.

Ele não respondeu a essa altura, me fazendo erguer a cabeça para encontrar seus olhos.

As duas orbes redondas que me encaravam friamente, sem sequer piscar, faiscaram.

—Khun Ming sabe onde está Phi Wut?

O homem, se reencontrou na cadeira confortavelmente em quanto girava o celular na mesa. Ele finalmente desviou o olhar para o celular e sorriu minimamente.

—Você tem algo a falar com Wut? Não pode tratar comigo?

Franzi o cenho confuso por um instante, então seus olhos incrivelmente desconfiados retornaram para mim.

—Você não leu o contrato? —A confusão com certeza deveria transbordar meu rosto, já que ele decidiu bufar baixinho e se levantar da mesa.

Ming se curvou sobre a enorme era de vidro, virando a grande placa preta que estava na borda.

Mantive minha expressão calma, enquanto lia claramente.

CEO Manasaphan Akhrayothar

—Eu estive resolvendo algumas questões nos últimos dias e acabei pedindo para Wut resolver as pendências no meu lugar, mas esse é o meu escritório.

Nesse momento eu não podia questionar como ele se tornou dono dessa empresa, mas não pude deixar de notar a grande mudança na própria estrutura da empresa, seguido da qualidade dos pôsteres de produções pelas paredes.