Por Joe
Eu sabia que deveria responder algo, mas antes até que eu pudesse pensar em algo a dizer, antes que eu pudesse confessar a verdade. A menina diante de mim, apagou.
—Lidy! —Gritei assustado, segurando seu corpo leve desmaiado tão rápido que deixei a caixa de tinta cair no chão e o celular que então ela segurava caiu também.
Senti meu sangue gelar, quando me ajoelhei com ela no meu colo.
—Lidy! Lidy! —Chamei assustado, tocando sua bochecha e sua testa. —Merda... —Peguei o celular dela do chão, que ainda estava em uma chamada. A essa altura eu só podia sentir uma angústia gigantesca me dominar.
Olhando ao redor, uma atendente corria em nossa direção me olhando chocada.
—Khun... o que?
—Chama uma ambulância. —Pedi rapidamente, ela assentiu assustada.
A atendente saiu correndo, chamando a atenção de alguns observadores que começaram a se aproximar e cochichar entre si. Mas eu estava alheio a isso.
—Lidy, amor, por favor fala comigo sim? —Implorei baixinho, colocando o dedo no seu nariz para verificar a respiração. A essa altura a chamada ainda estava ativa e eu pude ouvir a voz suave de uma garota chamando o nome dela pelo celular.
Fechei os olhos saboreando a sensação de impotência que me tomou. Peguei o celular colocando na orelha.
—Alô? —Chamei baixinho.
—Phi... o que aconteceu? Lidy está bem? —A voz assustada feminina chamou. —Onde você está? Qual o seu nome?
—Eu estou no... Você tem contato com os responsáveis dela? —Perguntei em um sussurro angustiado. Eu podia dizer algo, mas eu sabia que a essa altura eu não tinha esse poder e nem o direito.
A pessoa do outro lado ficou e silêncio um instante.
—Eu sou responsável por ela. —Ela respondeu subitamente. —O que aconteceu?
Franzi o cenho confuso.
—Ela desmaiou, mas eu a segurei.
—Espera o que você disse? —A voz feminina ficou mais alta assustada. —Onde vocês estão?
—Eu...
—Khun, a ambulância vai chegar em alguns minutos. —A atendente havia voltado, em meio a comoção ao meu redor, eu apertei o corpo pequeno nos meus braços antes de voltar a atenção para a pessoa do outro lado da minha.
—Por favor, leve ela para o hospital Akhrayothar. —A voz suave pediu de repente. —Phi qual o seu nome?
Desliguei a ligação rapidamente, olhando a atendente.
—Tire essas pessoas daqui. —Minha voz soou ameaçadora, fazendo ela assentir e se levantar para afastar os demais. —Lidy, amor... Não faz isso com o seu tio sim? —Pedi baixinho para ela, tentando medir sua respiração com o dedo em baixo do nariz pequeno, a lufada de ar suave me fez poder voltar a respirar. Procurei a sua pulsação pelo pulso pequeno, afastando a pulseira cara de ouro.
A essa altura, meus olhos se prenderam no pequeno colar rose em seu pescoço. Senti meu mundo parar de girar de novo.
—Lidy, meu amor. —Pedi baixinho na sua orelha. —Lidy acorda sim? Perdoa o Tio. —A essa altura meus olhos já haviam transbordado.
—Khun? —O socorrista me trouxe a realidade me fazendo levantar o rosto para encara-lo.
Soltei o meu mundo delicadamente no chão antes de levantar e deixá-lo fazer o seu trabalho.
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A Luz que Deixou seus Olhos • MingJoe
FanficNossos olhos se cruzaram no exato momento em que a luz do apartamento iluminou o espaço antes vazio. Eu soube, no momento em que ele fechou os olhos com o semblante cheio de realização, que a pessoa que esperei por dois anos, sempre esteve diante d...