Por Joe
Meus olhos se fecharam sem minha permissão, minhas pernas tremeram instantaneamente me levando a me apoiar na pia de mármore, não podia classificar aquela sensação como nada a menos que o calor de um incêndio.
A boca úmida, percorria minhas costas com uma fome que estava prestes a me levar a ebulição, seus beijos, chupões e lambidas eram distribuídos ali com uma pitada de possessividade, as suas mãos apertavam os músculos dos meus braços em quanto percorria sua boca lentamente.
Era uma tortura suave e angustiante.
Minha mente despertou em dado momento, muito contra a própria vontade, era um flash de racionalidade que logo se perderia em meio aos seus beijos famintos.
—Ming... —Resmunguei baixinho, me virando de frente para o rapaz, ele suspirou frustrado em resposta, sua cabeça encostando no meu ombro.
—Eu sei... Porque Phi tinha que ser virgem?
O meu lapso de sanidade, não me levava a nenhum momento a coerência em que eu o rejeitava nesse momento.
Sinceramente, eu só ia dizer que ele estava bêbado e por isso não era uma boa ideia.
Mas seus arquejos frustrados em quanto esfregava a testa em meu peito me levou a murmurar aquilo.
—Eu não me oporia em dar ela a você... Minha virgindade.
Na última noite em que nos vimos, sua conclusão foi de que eu deveria entregar minha virgindade para quem eu gostasse.
E eu queria fazer isso aqui.
Sua cabeça lentamente se ergueu, ele me encarava com os lábios entreabertos, ainda tentando respirar fundo. Só pude avaliar seu rosto, esperando uma resposta.
Meu peito subia e descia com a respiração rápida, eu sentia o desejo percorrer meu corpo com choque elétricos. Na minha vida, eu nunca havia desejado tanto alguém ao ponto de sentir essa angústia velada, meu coração se apertando, meu corpo implorando por um toque que eu desconhecia.
A essa altura, em plena primavera, eu sentia como se fosse o mais quente dos verões, o calor que seu olhar turvo e embriagado me gerava não era diferente do calor que o olhar curioso e malicioso.
Mas a ânsia de dar a ele tudo o que ele me pedisse, entregar a ele de bandeja qualquer que fosse seu desejo. Estava aqui.
Sua resposta veio com os seus lábios esmagando os meus, meu corpo tremeu em excitação assim que suas mãos começaram a percorrer o caminho para meu quadril, colando meu corpo ao seu com força. A boca com sabor de vinho se movia sob a minha como se pudesse me comandar, me guiando para a loucura.
A língua macia arranhava a minha em minha boca, sua mão a essa altura apertava minha bunda com força. Minhas reações pareciam alguns milésimos de segundo mais atrasadas do que a dele, isso não gerava desconforto, mas me fazia sentir como se eu fosse guiado por esse garoto quase dez anos mais novo que eu.
Quando nos separamos, ele me virou de frente para a pia rapidamente, me apoiei ali, gemendo sentindo a pressa com a qual ele abaixou minha calça e a cueca, me deixando inteiramente nu a sua frente, chutei a pilha de roupa para o canto, olhando para o reflexo do homem no espelho.
A forma como a essa altura ele sorria admirando minhas costas, arrepiou ainda mais os pelos pelo meu corpo. Mas eu não pude admirar sua expressão compenetrada por muito tempo, por que sua mão me tomou entre ela firmemente, o que me fez tombar a cabeça para frente e fechar os olhos.
A sua boca mordia minha pele das costas, marcando ali com vontade, em quanto sua mão me masturbava lentamente, a essa altura eu sentia a umidade que ele espalhava habilmente com a ponta dos dedos pela extensão da minha ereção, tomar ela inteira.
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A Luz que Deixou seus Olhos • MingJoe
Hayran KurguNossos olhos se cruzaram no exato momento em que a luz do apartamento iluminou o espaço antes vazio. Eu soube, no momento em que ele fechou os olhos com o semblante cheio de realização, que a pessoa que esperei por dois anos, sempre esteve diante d...