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Por Joe

Quando eu desci do táxi, na frente de um renomado colégio particular de Bangkok, fiquei esperando escondido, o homem de terno que entrou na escola com uma expressão fria.

Foram longos quarenta minutos.

Em que eu esperei encarando a porta sem piscar, eu estava perto o suficiente para ouvir o segurança conversando com o assistente do Ming.

Quando o homem de terno saiu segurando uma mochila na mão, sendo seguido pela garota emburrada.

Por favor Buda eu murmurei, com as mãos tremendo, diante do monge, você já tirou meus pais, meu irmão, minha cunhada... por favor não tire Lidy de mim.

A essa altura, a garotinha de cinco anos estava por um fio. O coração dela estava praticamente partido, embora a cirurgia tivesse sido um sucesso, ninguém sabia dizer se ela reagiria a ela.

Eu lia os exames como se pudesse ver alguma mínima resposta naqueles papéis.

—Soube que você é formado em medicina. —A voz da enfermeira chamou minha atenção, sobre a papelada que eu lia pela décima vez naquele dia. —Não atua por que?

Suspirei profundamente.

—Eu me formei por uma razão que se tornou cinzas a muito tempo.

—Fala do seu irmão?

—Sim. —Respondi, lendo o prognóstico do neurologista. —Mas minha mãe também.

—Sua mãe faleceu quando você terminou a faculdade?

Fechei o laudo levantando a cabeça para a mulher que me avaliava curiosa.

—Meu irmão, aliás o pai dessa menina, sonhava em ser médico desde sempre. Eu cresci sabendo que ele seria médico. Se existia uma verdade no mundo para mim, é que meu irmão mais Velho seria médico.

—E ele era?

—Não, meus pais morreram quando eu tinha sete anos, ele estava prestes a entrar na faculdade, mas ele abriu mão de fazer medicina para me criar. —Respondi observando a garotinha entubada. —Era o sonho da minha mãe, e ele não pode realizar por que preferiu cuidar de mim. Então. Eu decidi fazer isso pelos dois.

Ela arregalou os olhos chocada.

—Uau... Isso é tão... Doce Khun Joe.

—Se eu pudesse, eu daria meu coração para essa criança. Mas ela precisa de mim... Ela precisa que eu esteja aqui. E eu vou estar.

Não pude conter os soluços que passaram pela minha garganta, assim que meus olhos bateram na menina de doze anos. Subitamente a enxurrada de lágrimas tomou meu rosto.

—Por favor me perdoa. —Eu murmurei para o vazio. Vendo ela parar enfrente ao homem de terno que a olhava. —Me perdoa... É tudo minha culpa.

Senti quando suavemente deslizei pela parede da escola caindo sentado no chão.

—Sério Lidy! Você é uma mocinha agora sabia. Não deveria fazer essas coisas.

—Qual o problema tio Ming?

—O problema é eu ter que vir te buscar e você tomar suspensão.

—Você também não deixa falarem assim do tio Joe. —A voz suave e direta dela, fazia meu peito se apertar cada vez mais.

—E a resolução é você bater na menina? Lidy você quebrou o nariz dela. Sabe quanto custa uma cirurgia plástica?

—Idai Tio? Eu fiz um favor para ela então, já que você vai pagar a cirurgia, talvez melhore aquela cara feia.

A Luz que Deixou seus Olhos • MingJoeOnde histórias criam vida. Descubra agora