Por Joe
O carro foi estacionado diante de uma casa enorme, tanto que parecia irreal, uma mansão toda branca, com grandes portas de vidros.
Não pude deixar de olhar admirado a dimensão daquela enorme casa, com um belo jardim a sua frente, dentro de um condomínio de luxo.
Era puro poder e exalava a energia que Ming sempre teve. Imponência.
A majestosa mansão era completamente fora de tudo o que eu havia experimentado na vida, ao redor da casa havia uma grande fonte, onde uma cachoeira artificial derramava água ao lado da porta principal.
Desci do carro abrindo a porta traseira, em quanto eu abaixava a cabeça.
Claro, desde que Tong havia me dito a que família Ming pertencia, eu estava ciente da fortuna que ele tinha em mãos. Mas eu sabia na teoria, por algum tempo eu pensei que Tong estivesse inventando isso, como um herdeiro da maior construtora da Tailândia, que assinava não só os enormes arranha-céus de Bangkok como prédios que se tornaram cartão postal de países como China e o Japão. Cujo conglomerado de empresas incluía uma grande gama na área da saúde com hospitais de ponta e investimento em pesquisas para diversas doenças. Como essa pessoa, se mudaria para uma humilde casa no subúrbio, vivendo uma vida comum e sem muito luxo.
Bom, olha só essa obra prima da arquitetura moderna onde ele vivia, o que o teria levado a ir morar comigo dois anos atrás? Ele podia ter vivido esse tempo com uma equipe de grande chefes de cozinha, pessoas para servi-lo de todas as formas.
Mas por um ano, ele se sentiu na minha pequena mesa de jantar e comeu os pratos que eu fiz como se fossem pratos com estrelas michellin. Na época eu ainda não sabia que ele era um Akhrayothar, mas ao descobrir, uma pessoa que podia facilmente comprar o mundo, esteve sentado na minha mesa comendo miojo com sardinha.
—Khun Ming. —Comecei timidamente, em quanto ele ajudava Lidy a descer segurando a mochila da garota. —Se o senhor me der licença, apenas me informe que horas eu devo chegar amanhã e eu vou indo.
—Qual a pressa? —Ele perguntou subitamente. —Lidy amor, tem algo que você precise fazer hoje ainda? —Sua expressão que foi congelante do meu rosto, para suave para o rosto da menina abriu um breve sorriso doce.
Não pude deixar de morder minha bochecha irritado, ele estava ali tratando bem minha sobrinha, eu deveria estar feliz por isso, mas em nenhum momento eu quis ou desejei que ele ficasse com a guarda dela.
Aliás, eu não me planejei no sentido de dar a Lidy um futuro, mas eu esperava que minha meia tia pudesse cuidar de Lidy, ou Tia Rose.
Nunca nos meus piores pesadelos eu iria querer ver a razão da minha morte cuidando com tanto zelo da minha Lidy.
Era sim uma raiva que eu estava desde ontem tentando digerir, tentando me convencer de que ao menos ela tinha alguém que parecia ligar para ela.
Mas até então, eu pensava que ele se importava comigo, mas eu não passei de um brinquedo sexual em suas mãos. Então, como poderia acreditar nesse zelo que ele demonstrava por ela?
Apenas por pensar, que talvez todo esse tempo, a pessoa pela qual ele realmente sentiu carinho genuíno, claro que não de uma forma romântica, foi Lidy.
Então eu não sabia, se deveria me sentir grato por isso, ou ainda mais rancoroso.
E nessa confusão, eu estava cada vez mais sendo consumido pela raiva ao ver suas interações.
—Não Tio, na verdade só amanhã eu tenho ensaio do recital, acha que ele pode lidar com isso? —Ela questionou me olhando de lado.
Ming ergueu os olhos gelados para mim novamente. Incrível a habilidade sobre humana que ele tinha de me olhar com tanto desprezo pela minha existência e presença, ao mesmo tempo que ele a olhava como se ela fosse toda sua alegria.
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A Luz que Deixou seus Olhos • MingJoe
Fiksi PenggemarNossos olhos se cruzaram no exato momento em que a luz do apartamento iluminou o espaço antes vazio. Eu soube, no momento em que ele fechou os olhos com o semblante cheio de realização, que a pessoa que esperei por dois anos, sempre esteve diante d...