Capítulo 52

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Alaric

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Alaric

Minutos antes do golpe de Baltazar

Eu observava ao redor enquanto o horizonte já começava a se tingir com os tons dourados do crepúsculo. O sol, cada vez mais baixo, anunciava que faltavam poucas horas para o anoitecer. Embora nada parecesse fora do lugar, o instinto me dizia que algo estava prestes a acontecer.

Um instinto que eu nunca ignorava.

A certa distância, vi Baltazar se afastando com Alden.

O ruivo lançou um último olhar em direção ao irmão mais novo, como se quisesse se certificar de que tudo estava bem.

Havia uma estranha intensidade naquele olhar, um misto de responsabilidade e culpa que Alden carregava.

Enquanto isso, eu analisava cada canto ao redor com a precisão de uma águia faminta, esperando pelo menor sinal de ameaça. A tensão era palpável, e eu sabia que algo estava errado, mesmo que não conseguisse definir o quê.

— Querido, está tudo bem? — Aurora me interrompeu. A voz dela era suave, mas carregada de preocupação. Ela havia percebido minha inquietação.

— Aurora, leve Thorian para o castelo. Agora. — Minha resposta foi imediata, meu tom não deixava margem para discussões.

Ela franziu o cenho, sua preocupação se transformando em confusão. — O que houve? Dá pra você me contar o que está acontecendo?

Aquilo me irritou. Não era hora para questionamentos.

— Até quando vai ficar bancando a teimosa? Só faça o que eu estou mandando, porra! — A fúria brotou antes que eu pudesse me conter.

Vi a surpresa nos olhos de Aurora. Ela ficou imóvel por alguns instantes, processando minhas palavras, antes de respirar fundo. Seus olhos, agora tristes, se desviaram dos meus.

Sem mais dizer nada, ela se virou e caminhou em direção ao centro do campo, provavelmente indo buscar nosso filho.

O arrependimento veio rápido, queimando minha garganta como fogo. Mas eu o engoli.

Não tinha tempo para lidar com isso agora. A segurança deles era o que importava, e a urgência da situação me impedia de qualquer hesitação.

Meus olhos rapidamente encontraram o homem que narrava o evento. Eu precisava alertar as pessoas de que o lugar não era mais seguro.

Com passos rápidos, fui até ele, sem me preocupar com quem eu empurrava no caminho. A prioridade era clara.

Quando cheguei perto do narrador, ele me olhou com surpresa e, visivelmente nervoso, deu um passo para trás, se curvando.

— M-majestade! — ele gaguejou, sem saber o que esperar.

Sem paciência para formalidades, o empurrei de lado e me aproximei, falando de forma firme e sem rodeios. — Eu ordeno que todos vocês voltem para suas casas e se tranquem até o dia seguinte. Não quero questionamentos. Amanhã darei explicações. Por ora, qualquer um que desacatar minha ordem será julgado pela corte.

A Maldição De WesterfairOnde histórias criam vida. Descubra agora