"Não adianta fugir de mim, coelhinha. Eu sempre estarei escutando cada passo que você der na Terra."
Uma vila amaldiçoada, um mundo alternativo, um casarão assombrado, e um stalker.
Cassie Kennedy decidiu trancar sua faculdade de psicologia na Calif...
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Cassie Amber Kennedy.
Seis anos atrás.
— O que você vai fazer nas férias de verão?
A campainha soou estridente. Era o fim do semestre, o último dia antes das tão esperadas férias.
O alvoroço na sala foi instantâneo; todos corriam para sair, deixando para trás as preocupações acadêmicas. Eu, no entanto, permanecia sentada, em meu próprio ritmo.
Lentamente, retirei os fones de ouvido, ainda perdida em pensamentos, enquanto olhava para Emily, que me encarava com uma expressão impaciente.
— O quê? — perguntei, levemente confusa.
Ela suspirou, um tanto teatral, e repetiu a pergunta, agora com um tom robótico e uma ponta de exasperação.
— O que vai fazer nas férias de verão?
Fiquei em silêncio por alguns segundos, avaliando sua pergunta como se fosse um enigma sem importância, antes de responder, com meu habitual desinteresse:
— Eu vou trancar a faculdade.
Emily, que até então estava prestes a arrumar suas coisas, congelou. Seus olhos arregalados buscaram os meus, como se tentasse processar o que eu acabara de dizer.
— O quê? — Ela piscou várias vezes, incrédula. — Mas... Por quê?!
Dei de ombros, pegando o caderno em que estava distraidamente rabiscando.
— Falta de dinheiro — comecei, sem realmente me importar em suavizar a verdade. — E eu também nunca fui muito fã da ideia de me tornar psicóloga.
Continuei a desenhar formas abstratas nas margens do caderno, tentando ignorar o silêncio desconfortável que se seguiu. Emily me olhava, como se estivesse absorvendo o golpe.
O peso de suas emoções pairava no ar, mas eu não conseguia me conectar ao que ela sentia.
Suspirei, finalizando um rabisco, antes de completar meu pensamento. — Além disso, é provável que eu tenha que sair da Califórnia se não conseguir um emprego que pague decentemente. — Olhei para o desenho e mostrei a ela.
Era uma mariposa, delicada e sombria, suas asas espalhando-se pelo papel em linhas precisas.
Emily cruzou os braços, uma postura defensiva, e me lançou um olhar de julgamento, como se eu tivesse acabado de confessar um crime.
