Capítulo 66

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Tommy Chavez

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Tommy Chavez

Talvez Jim tivesse razão.

Aquilo realmente era uma loucura.

Cada passo que eu dava em direção ao manicômio cercado por um perímetro fortemente vigiado parecia ecoar dentro do meu peito, acompanhando as batidas aceleradas do meu coração.

Sentia o corpo inteiro tremer, não só pelo frio, mas pelo medo real de ser pego. Se isso acontecesse, seria o fim. Não havia volta.

Comecei a me perguntar se tudo aquilo realmente valia o risco. Mas a lembrança do que estava em jogo, do que eu poderia descobrir, reacendeu o fogo dentro de mim. Se conseguisse as informações que buscava, poderia derrubar todos aqueles que tentaram me silenciar.

A ideia de uma vingança bem servida era irresistível. Era o que me mantinha de pé, mesmo quando o pavor queria me fazer voltar.

Eu faria qualquer coisa para saborear o doce gosto de ferrar com eles.

Estava a apenas alguns metros de um dos militares quando o som de estática chiando no meu fone me fez sobressaltar.

— Tudo certo aí, Tom? — A voz de Jim soou baixa, mas clara.

Droga. Por um momento, tinha esquecido que ele estava conectado.

Jim tinha me dado um dispositivo de comunicação, ajustado para que eu pudesse conversar com o mesmo sem levantar suspeitas.

Os outros militares também usavam, então, aquilo não me destacaria.

Pelo menos, por enquanto, aquilo me ajudaria a passar despercebido.

— Sim — murmurei, quase inaudível, enquanto me aproximava dos guardas.

Os dois militares me fitaram de cima a baixo, seus olhares afiados como lâminas. O pânico tomou conta de mim por um segundo, as palmas das minhas mãos suando.

Será que eles desconfiavam de algo?

Por um instante que pareceu uma eternidade, os dois trocaram olhares, e então, sem dizer uma palavra, me deixaram passar.

Caralho... Que sorte.

Apressei o passo, meu corpo ainda tenso, mas com uma onda de alívio varrendo minha mente.

— Passei, Jim. Consegui passar! — sussurrei, mal contendo a excitação.

— Foco, Tom! — A voz de Jim soou firme, puxando-me de volta à realidade. — Pegue o que precisa e dê o fora daí, rápido.

Respirei fundo, tentando retomar a calma. À minha frente, a entrada do manicômio parecia ainda mais sinistra com o sereno que começava a cair, tornando o ar gélido e pesado.

— Seja lá o que aconteceu aqui... foi grotesco. — Olhei ao redor, vendo os peritos, militares e guardas, todos parecendo igualmente perturbados.

— Consegue ver alguma coisa?

A Maldição De WesterfairOnde histórias criam vida. Descubra agora