Capítulo 2

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Cassie

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Cassie

Senti meu coração parar por um instante, e uma onda de gelo percorreu minhas veias, enquanto o mundo ao meu redor parecia se comprimir.

Um zumbido insistente tomou conta de meus ouvidos, e a sensação de desmaio parecia cada vez mais iminente. Tentei falar algo, qualquer coisa, mas minha boca estava muda, como se minha mente estivesse se desconectando do corpo, deixando-me presa em uma paralisia estranha e aterrorizante.

Meu olhar se arrastou lentamente até o senhor Manson, e sua voz me alcançou abafada, quase como se ele estivesse falando de muito longe.

– Está tudo bem, Cassie? – sua voz carregava uma nota de preocupação sincera enquanto ele me observava pelo retrovisor, confuso.

Tudo que consegui fazer foi engolir em seco. Com a mão trêmula, peguei o celular que parecia pesar toneladas e, com esforço, estendi-o na direção dele.

Sr. Manson olhou para a tela por um momento antes de puxar o carro para o acostamento.

– Com licença – disse ele ao pegar o celular das minhas mãos, seus olhos escaneando a mensagem com cuidado. Então, num sussurro que mal escapou de seus lábios, ele murmurou: – Puta merda.

Horas depois...

A delegacia era um lugar frio, gelado ao ponto de meus ossos doerem, como se o clima ali fosse feito para repelir qualquer traço de calor ou esperança...

Eu estava sentada em um banco rígido, abraçando meu próprio corpo, tentando arrancar um pouco de calor, enquanto esperava o boletim de ocorrência ser processado.

O barulho do lugar, as vozes e passos, tudo parecia abafado, como se estivesse distante demais para alcançar a minha consciência.

O Sr. Manson se aproximou, sua presença quase reconfortante em meio ao caos. – Tenho boas e más notícias, Cassie.

Levantei a cabeça, sentindo meu corpo tremer levemente, um reflexo da exaustão e do frio que me envolvia.

– A boa primeiro, por favor.

Ele lançou um olhar de reprovação para o ar-condicionado e, num movimento rápido, fez um sinal para a funcionária. – Desligue o ar-condicionado.

Ele se sentou ao meu lado, suspirando, como se estivesse carregando o peso do mundo em seus ombros. – A boa notícia é que o boletim foi registrado no sistema – sua voz era tranquila, mas algo nos olhos dele indicava que o pior estava por vir. – A ruim... é que não há provas suficientes. Pode ser que alguém esteja pregando uma peça, ou... bem, não temos certeza se se trata de um assassino de fato.

Senti meu corpo se retesar, como se uma corrente elétrica me percorresse. Levantei-me bruscamente, minha incredulidade se transformando em indignação. – Como assim, pregando peças? – minha voz ecoou mais alta do que eu pretendia. – Essa pessoa previu que o Evans não apareceria no meu encontro e, do nada, ele aparece morto! Isso não te parece um pouco mais que uma coincidência?

A Maldição De WesterfairOnde histórias criam vida. Descubra agora