"Não adianta fugir de mim, coelhinha. Eu sempre estarei escutando cada passo que você der na Terra."
Uma vila amaldiçoada, um mundo alternativo, um casarão assombrado, e um stalker.
Cassie Kennedy decidiu trancar sua faculdade de psicologia na Calif...
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Anne Campbell
O clima do bar mudou drasticamente em questão de segundos, como se o ar tivesse ficado mais denso. O murmúrio das conversas cessou, e os olhares curiosos de todos os presentes se voltaram para nós.
Um silêncio pesado pairava no ar.
- Porra... você é a versão mais jovem dele... - o homem murmurou, sem tirar os olhos de Lysander.
Meu coração acelerou. A tensão era palpável, e eu só conseguia pensar em como aquilo poderia acabar mal.
Olhei para Lysander, esperando que ele tomasse as rédeas da situação, mas minhas palavras saíram vacilantes. - Lys... esse é...
- Edric - o homem respondeu antes que eu pudesse completar, estudando Lysander dos pés à cabeça com um olhar que não consegui decifrar. - Então... você é Lysander?
Lysander apertou os olhos, sua postura se tornando ainda mais ameaçadora, embora controlada. Sua voz, porém, exalava desprezo. - Eu vi você segurando ela daquela forma. O que você quer?
A resposta veio em forma de um gesto provocativo. Edric estendeu o papel amassado, que tinha sido de Alden, até o rosto de Lysander.
- Não! - gritei, o som escapando dos meus lábios antes que eu pudesse pensar. Tapei a boca, envergonhada, e o olhar confuso de Lysander se cravou em mim, como se ele não entendesse minha reação.
Edric sorriu, com um sorriso debochado. - Estou procurando alguém que arranque a cabeça desse filho da puta. Você se propõe?
Lysander franziu o cenho, seu olhar escurecendo ao examinar o papel. - Como você conseguiu isso? - perguntou, voltando a encarar o homem com uma mistura de incredulidade e raiva.
Edric, com total desdém, jogou o papel sobre a mesa e se levantou. Ele não parecia minimamente intimidado pela presença ameaçadora de Lysander.
Lysander, embora não fosse tão cruel quanto Alden, podia ser tão perigoso quanto. Ele tinha a mesma altura imponente de seu irmão, o corpo forte, e quando queria, conseguia inspirar medo facilmente. Mas havia uma diferença marcante entre eles:
Lysander não era uma pessoa má.
Por isso, o contraste entre o homem que conhecia e o que via agora era perturbador.
Ver Lysander naquele estado, quase do tamanho de Edric, mas com o rosto mais jovial e uma postura tão sombria...
Talvez fosse por isso que Pietro sempre havia proibido qualquer tipo de relação sexual entre nós.
Ou... Ele somente era superprotetor.
Mesmo depois do meu ruivo implorar diariamente, a restrição permanecia.
Aquilo era uma tortura para nós dois.
Thorian, claro, adorava zombar da situação, exibindo a liberdade que ele tinha, algo que Lysander e eu não podíamos sequer imaginar.
