Capítulo 47

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Pietro

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Pietro

Um riso baixo escapou de meus lábios, o som irritante me lembrava de quanto eu odiava essa vulnerabilidade. Ver Cassie ali, exposta e furiosa, seus olhos verdes transbordando um ódio que quase podia tocar, me deixava insano. Era um espetáculo que me consumia, como se eu estivesse diante de uma obra de arte que só eu podia destruir.

Eu nunca fui um Etherano comum. Sempre soube disso. E também não era apenas um Metamorfo.

Não, eu era muito mais.

Dentro de mim, o caos havia encontrado uma nova morada, destinado a desmantelar tudo o que Aurora havia construído. A fera em mim sempre esteve presente, uma companhia constante, nunca me deixando esquecer o que eu realmente era.

Mas, em algum ponto, Aurora se infiltrou em meu ser. Ela domou a fera, fez com que eu me tornasse obcecado por cada detalhe seu.

A promessa que fiz a mim mesmo foi clara: eu a caçaria em cada reencarnação, não importa quanto tempo levasse, até que ela fosse minha.

Nunca daria a ela o alívio de pensar que estivesse livre.

Mesmo que fosse enterrado com mil adagas cravadas em meu peito ou enjaulado por toda a eternidade, mesmo que perdesse todo o meu poder de Etherion, eu continuaria.

Faria tudo de novo, porque sabia que o destino nos juntaria mais uma vez, sem esforço.

Aurora estava amaldiçoada a ser minha por toda a eternidade. Ela era e sempre seria minha presa.

Olhei para Cassie, um sorriso cruel se formando em meus lábios, enquanto saboreava as gotas de sangue que caíam de seu pescoço. Seus seios subiam e desciam com dificuldade, misturando o sangue com a água da chuva que caía incessante. - Não faz ideia de quanto tempo esperei por isso, coelhinha. Eu atravessei eras, lutei sozinho, porque sabia que valeria a pena quando te encontrasse e te fodesse até você se lembrar de quem era em sua última vida.

- Por que não poderia simplesmente ser um homem romântico, meigo, e me conquistar como qualquer outro? - ela sussurrou, a voz fraca, quase apagada.

Aproximei-me de seu rosto, sentindo a raiva pulsar em minhas veias. - Porque eu não sou qualquer homem. Eu sou o seu homem, Cassie.

Ela fechou os olhos, e pude sentir cada arrepio que causava em seu corpo. Ela lutava contra o desejo de se entregar, de permitir que eu a reivindicasse. Mas sua mente, teimosa, a arrastava de volta à vida patética que tinha na Califórnia, deixando-a presa em um abismo de confusão.

Cassie olhou para minha foice, depois para mim, buscando uma resposta, uma saída. - Você gosta da adrenalina correndo em suas veias... Ama a ideia de ser minha refém, porque sabe que sou o único que pode te proteger de qualquer ameaça.

- E se a ameaça for você?

Sorri de lado, o olhar predatório. - Então você terá que escolher. - Mirei o cabo da foice novamente em sua intimidade, observando-a com seriedade.

A Maldição De WesterfairOnde histórias criam vida. Descubra agora