"Não adianta fugir de mim, coelhinha. Eu sempre estarei escutando cada passo que você der na Terra."
Uma vila amaldiçoada, um mundo alternativo, um casarão assombrado, e um stalker.
Cassie Kennedy decidiu trancar sua faculdade de psicologia na Calif...
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Zana
Abri os olhos lentamente, a luz do sol filtrada pelas folhas da árvore acima parecia zombar da escuridão que dominava meu peito. Minha visão estava embaçada, como se minha mente relutasse em se ajustar à realidade. Eu estava deitado num jardim, rodeado de flores e árvores, mas havia algo de profundamente errado.
Eu... havia morrido?
Senti o peso esmagador da realidade tentando se infiltrar nas minhas memórias, mas resisti, lutando contra a avalanche de imagens e emoções que ameaçava me consumir. Um nó formou-se em minha garganta, e as lágrimas, traiçoeiras, começaram a se formar.
- Céus, finalmente você acordou. - A voz de Darian, cheia de alívio, se aproximou. Ele parecia hesitante, como se soubesse que suas próximas palavras me destruiriam ainda mais.
- Darian...? - sussurrei, minha voz saindo fraca, quase um eco de quem eu era. Eu mal conseguia processar sua presença ali.
Ele se ajoelhou ao meu lado, o olhar cheio de dor, mas firme. - Sinto muito pelo que aconteceu com a Dette... e com o bebê. - Suas palavras, um mero sussurro, foram como uma adaga cravada no meu coração.
A cada sílaba, minha mente me obrigava a revisitar as cenas terríveis: o sangue, os gritos, a perda. Apertei os olhos, tentando afastar tudo aquilo, como se pudesse apagar a realidade com a força do meu próprio desespero.
- Onde estou? - perguntei, tentando mudar o foco. - Você também morreu?
Ele arqueou uma sobrancelha, visivelmente surpreso com a pergunta. - Morrer? - Ele riu sem humor. - Não. Eu te trouxe para o meu porão mágico. Você está seguro aqui.
Seguro?
Nada no mundo poderia me fazer sentir seguro novamente. A exaustão se infiltrava em cada célula do meu corpo, não havia energia nem para levantar, quanto mais para lutar contra a avalanche de emoções. Parte de mim queria pegar qualquer coisa afiada por perto, acabar com tudo ali mesmo. Mas o cansaço... o cansaço era maior que o desespero.
Darian continuou, talvez tentando trazer algum sentido àquela situação. - Encontrei você desmaiado, com um bebê nos braços, num beco. O pequeno estava chorando, e percebi que você ainda estava vivo. Chamei Cedric para me ajudar a te trazer até aqui.
As lembranças de Dette, dilacerada, voltaram com força total. Não consegui segurar o gemido de dor que escapou dos meus lábios, cobrindo o rosto com o braço na tentativa de me proteger da realidade.
- Eu... quero morrer, Darian. - As palavras saíram como um lamento, um pedido desesperado por alívio. As lágrimas rolavam quentes pelo meu rosto. - Eu quero morrer...
A voz de Darian endureceu, perdendo o tom reconfortante. - E deixar que eles vençam? Deixar que eles levem o que querem? - Ele se inclinou, seus olhos queimando com determinação. - Você deveria vingar sua mulher, seu filho. Não desistir.