Capítulo 7

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Me aproximei dela lentamente

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Me aproximei dela lentamente. Meu corpo tremia, pois meu instinto me mandava fugir. Ele a via como um perigo eminente, mas meu coração dizia que ela era apenas uma vítima no local, sendo apenas uma criança que precisava de ajuda.

Uma criança que teve sua vida destruída e arruinada por algo, ou alguém. E a sua única forma de pedir ajuda, era tentar se comunicar com uma completa estranha, que agora estava morando em sua casa.

- Por que está chorando? - perguntei baixinho ao seu lado. Ela estava de costas, enquanto se recusava a olhar para mim.

Ela ficou em silêncio durante alguns segundos e em seguida, limpou suas lágrimas com seu braço. Ela fungou com o nariz e hesitou por um momento, antes de dizer o que realmente queria.

- Eu quero a minha mamãe... - falou com uma voz falha.

Ela realmente era apenas uma criança, não aparentava ser demoníaca para mim. Ela era apenas mais uma alma perdida nesse mundo, sem noção alguma do tempo.

Toda sua família já havia partido. Afinal, o sumiço dessa garotinha já beira várias décadas.

Será que ela sabia disso? Acho que não.

- Qual é o seu nome?

Ela continuou enxugando suas lágrimas. Escutei ela respirar fundo e olhar para mim lentamente como se estivesse com medo.

- Eu não me lembro...

- Por que quis me mostrar aquela fita? - tentei evitar tocar no assunto de sua morte.

- Eu queria me lembrar de quem eu era - finalmente se virou para mim. - Eu quero ir embora daqui, eu não gosto mais dessa casa... Ela me dá arrepios, tia Cassie.

- Como sabe meu nome?

- Eu li o seu diário.

Suspirei. - Venha, vamos lá para cima. Vamos tentar descobrir algo - estendi minha mão. Confesso que tinha curiosidade de saber se era possível ter contato físico com algum espírito. Ela hesitou por um momento, e em seguida, acabou sedendo e segurando minha mão.

Sua mão era fria, seu olhar era de pouca esperança. Ela suspirou e fomos para o meu quarto. Fechei a porta e abaixei a cortina de minha janela.

- Quer assistir novamente a fita?

- Não... Eu já a vi. Ela não me ajudou, só me deixou mais angustiada.

Suspirei. - Sabe pelo menos o seu nome?

- Não.

Ok, isso será difícil.

- Eu me lembro de que há uma semana atrás a mamãe saiu com o papai de casa, e não voltou mais... Onde eles estão? Você sabe? Por que você está aqui agora?

Respirei fundo e tentei colocar algumas aulas de psicologia em prática. - Olha, é difícil de explicar isso, mas...

Ela me observou curiosa, aparentando ainda ter um pouco de esperança de lembrar de algo.

A Maldição De WesterfairOnde histórias criam vida. Descubra agora