⁹No limite da confiança

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Saí da Mansão Wayne, o sol se pondo atrás dos altos edifícios de Gotham, lançando longas sombras pela cidade. As ruas estavam começando a ganhar um tom dourado, mas eu sabia que a beleza era apenas um disfarce para a escuridão que se escondia sob a superfície. Cada passo que eu dava era um lembrete constante da responsabilidade que carregava.

Quando entrei no meu carro, o som do motor funcionando era um pequeno alívio em meio ao caos mental que eu sentia. A missão de ontem havia sido apenas uma amostra do que estava por vir, e eu sabia que a pressão de lidar com a Liga das Sombras estava começando a pesar em mim.

Parei o carro em frente ao meu apartamento e entrei rapidamente. O dia havia sido exaustivo e eu mal podia esperar para relaxar um pouco. No entanto, a sensação de que a qualquer momento uma nova ameaça poderia surgir me manteve alerta. Eu sabia que o trabalho estava longe de terminar e que a cidade estava prestes a enfrentar uma crise.

No dia seguinte, a atmosfera na Mansão Wayne estava carregada de expectativa. Alfred, como sempre, havia se antecipado aos eventos do dia com uma organização impecável. Ele preparou o café e os outros detalhes com a precisão que só ele poderia alcançar. Enquanto tomávamos o café, o som da cidade parecia distante, como se tudo estivesse em pausa enquanto nos preparávamos para o que estava por vir.

— Bom dia, senhorita Drake — disse Alfred, entregando-me uma xícara de café. — Espero que tenha descansado bem. Temos muito trabalho a fazer hoje.

— Bom dia, Alfred — respondi, aceitando a xícara. — Sim, estou pronta. Qual é o plano para hoje?

— Vamos começar com uma atualização das informações que recebemos desde a nossa última reunião. A Liga das Sombras parece estar planejando algo grande. Temos alguns contatos que podem fornecer informações adicionais — disse Alfred, seu tom sério.

Enquanto nos dirigíamos para a sala de reuniões, eu pude sentir a tensão crescente. Damian estava sentado à mesa, com sua postura imponente e os olhos verdes atentos às informações que estávamos prestes a discutir. A atmosfera na sala estava carregada, e o olhar de Damian indicava que ele estava pronto para mergulhar de cabeça na estratégia.

Alfred iniciou a reunião, passando uma tela de projeção que exibiu uma série de imagens e relatórios. Damian e eu nos concentramos nas informações, analisando cada detalhe com cuidado.

— Recebemos relatórios de que a Liga das Sombras está planejando um ataque a um alvo de alto perfil — disse Alfred, apontando para uma série de imagens na tela. — Precisamos identificar esse alvo e neutralizar a ameaça antes que eles possam agir.

— Temos uma lista de possíveis alvos — continuei, examinando as imagens na tela. — Podemos usar nossas fontes e técnicas de vigilância para identificar o alvo específico. Também é crucial que reforcemos a segurança em locais estratégicos.

Damian balançou a cabeça, assentindo em acordo. — Concordo. E também devemos considerar a possibilidade de uma tentativa de ataque em múltiplos locais simultaneamente. A Liga das Sombras é conhecida por suas estratégias complexas.

O diálogo continuou com uma série de propostas e ajustes ao plano. A tensão entre Damian e eu estava se tornando uma parte significativa da nossa colaboração. Cada um de nós tinha uma maneira diferente de abordar o problema, e essas diferenças estavam começando a se manifestar de maneira mais clara.

— Eu sugiro que coloquemos equipes de vigilância em pontos estratégicos — disse eu, ajustando o plano em uma tela. — Precisamos ter cobertura total para evitar qualquer surto de atividade suspeita.

— E eu vou focar na análise de dados — acrescentou Damian, com um olhar calculista. — Se a Liga das Sombras estiver planejando algo, precisamos ter todas as informações possíveis para antecipar seus movimentos.

Quando a reunião terminou, Alfred preparou uma refeição leve para todos. O ambiente estava um pouco mais relaxado, mas a seriedade da situação permanecia presente. Eu aproveitei o momento para me aproximar de Damian e discutir algumas estratégias adicionais.

— Precisamos garantir que nossos recursos sejam alocados de forma eficaz — disse eu, enquanto ele se servia. — Vou coordenar com minha equipe de campo para reforçar a vigilância.

— E eu vou me concentrar em monitorar os pontos críticos que identificamos — respondeu Damian, olhando-me com uma expressão que misturava determinação e um toque de curiosidade. — Precisamos estar prontos para qualquer movimento que a Liga das Sombras possa fazer.

Durante a refeição, Alfred perguntou como estávamos lidando com a pressão. A conversa foi tranquila, mas havia uma sensação crescente de camaradagem.

— Estou lidando bem, obrigado — respondi a Alfred, com um sorriso. — A pressão é intensa, mas é parte do trabalho. Precisamos nos manter focados e prontos para o que vier.

Após a refeição, comecei a trabalhar com minha equipe de campo, coordenando a coleta de informações e o planejamento das operações. O dia passou rapidamente, e a noite chegou com uma sensação de urgência. Damian e eu estávamos prontos para a operação de infiltração em um dos possíveis locais de ataque da Liga das Sombras. A tensão estava alta, e sabíamos que o sucesso da missão era crucial para garantir a segurança de Gotham.

Enquanto nos dirigíamos para o local da operação, o cenário estava em perfeita sintonia com a complexidade da situação. Damian e eu trabalhamos em silêncio, nossos pensamentos focados na missão. Sabíamos que a batalha que enfrentávamos era apenas o começo, e o futuro de Gotham dependia de nossa capacidade de agir de forma decisiva e estratégica.

A Guarda de Damian WayneOnde histórias criam vida. Descubra agora