⁶⁶A caçada

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As ruas de Gotham estavam repletas de caos, mas a determinação em nossos corações nos impulsionava adiante. Cada passo que dávamos ecoava com a urgência da situação, e sabíamos que não podíamos falhar.

— Ra's não pode estar muito longe — murmurei, tentando calcular a trajetória que ele poderia ter tomado. O conhecimento das ruas de Gotham me ajudava, e, com a adrenalina correndo em nossas veias, a esperança de que conseguíssemos detê-lo crescia.

Bruce liderava a nossa pequena equipe, sua presença imponente e confiante guiando-nos através da escuridão. Ao nosso lado, Diana, com sua força indomável, estava pronta para enfrentar qualquer desafio que surgisse em nosso caminho. Damian corria ao meu lado, seu olhar focado e determinado.

— Ele provavelmente se esconde em algum lugar estratégico — Damian disse, sua mente ágil procurando uma vantagem. — Vamos verificar o armazém abandonado na Rua 12. É um lugar perfeito para ele montar uma armadilha.

— Concordo — Bruce afirmou, seus olhos fixos à frente. — Vamos, rápido!

Atravessamos uma série de ruas estreitas, desviando de destroços e pessoas que ainda tentavam se recuperar do festival. O som distante de sirenes e gritos se misturava com a atmosfera tensa da cidade.

Assim que chegamos ao armazém, a porta rangia ao ser empurrada para dentro, revelando um espaço escuro e empoeirado. O cheiro de mofo e deterioração invadiu nossas narinas, mas não havia tempo para hesitar. Avançamos cautelosamente, atentos a qualquer movimento.

— Ele deve estar aqui — murmurei, olhando ao redor. As sombras pareciam dançar nas paredes, como se estivessem vivas, observando-nos.

— Precisamos ser rápidos — Bruce disse, sua voz grave ecoando no espaço vazio. — Ele pode ter preparado algo.

Enquanto explorávamos o armazém, encontrei uma série de equipamentos espalhados pelo chão. Um sorriso irônico surgiu em meu rosto ao perceber que Ra's estava preparado para a guerra.

— Ele não é apenas um vilão comum — disse, olhando para os artefatos. — Ra's tem um arsenal que poderia destruir partes inteiras da cidade.

— Precisamos neutralizá-los antes que ele tenha chance de usá-los — Diana respondeu, sua voz decidida. — Vamos dividir e procurar.

Bruce acenou, e logo nos separamos, cada um de nós explorando uma seção diferente do armazém. O ambiente estava impregnado de tensão, e eu sabia que o tempo era um luxo que não podíamos permitir.

Enquanto investigava, senti um movimento atrás de mim. Meus instintos dispararam, e me virei rapidamente, apenas para encontrar Damian, que se aproximava com uma expressão séria.

— Não encontrei nada até agora, mas algo não está certo aqui — ele sussurrou, a intensidade em seus olhos refletindo sua determinação.

Antes que eu pudesse responder, um estrondo ecoou pela sala, fazendo as paredes tremerem. O chão sob nossos pés começou a vibrar, e um brilho ameaçador surgiu de uma sala ao fundo.

— Ele ativou uma das armadilhas! — gritei, puxando Damian para o lado enquanto uma onda de fumaça e fogo irrompia da sala.

— Precisamos avisar os outros! — ele gritou, tentando recobrar a compostura.

Corremos em direção ao ponto onde Bruce e Diana estavam, e ao chegarmos, a cena era caótica. Bruce estava lutando contra uma série de drones que surgiam do nada, enquanto Diana se encarregava de neutralizar alguns explosivos que Ra's havia deixado para trás.

— Ra's está jogando tudo o que tem contra nós — Bruce afirmou, respirando pesadamente enquanto derrubava um dos drones. — Precisamos encontrar uma maneira de desativar o controle central desses dispositivos.

— É aqui — apontei para um painel no canto da sala, iluminado por luzes piscantes e linhas de código que corriam rapidamente. — Ele deve estar controlando tudo por aqui.

Com um movimento rápido, conseguimos nos aproximar do painel. Enquanto Bruce e Diana se preparavam para defender o ponto, Damian e eu nos concentramos em decifrar os comandos.

— A estrutura é complexa — Damian comentou, analisando o código. — Mas se conseguirmos desativar a conexão, podemos interromper o controle dos drones.

O som de explosões e gritos se intensificava à medida que o caos se espalhava para além do armazém.

— Vamos lá! — incentivei, pressionando os botões enquanto tentava acompanhar o raciocínio de Damian. — Temos que fazer isso rápido!

Com um último toque, as luzes do painel piscavam freneticamente antes de finalmente se apagarem. O som dos drones parou abruptamente, e um silêncio profundo tomou conta do armazém.

— Conseguimos! — gritei, um sorriso de alívio em meu rosto.

— Mas isso não significa que estamos a salvo — Bruce alertou, olhando para a entrada. — Ra's ainda está aqui, e ele não vai desistir facilmente.

Com um novo objetivo em mente, nos preparamos para confrontar Ra's al Ghul. Sabíamos que o verdadeiro teste ainda estava por vir, e estávamos prontos para enfrentá-lo juntos.

A Guarda de Damian WayneOnde histórias criam vida. Descubra agora