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Helena Santiago

— Você ficou calado durante todo o caminho pra cá depois do jantar, o que tem pra me falar é sobre sua ex ? — pergunto assim que ele volta do quarto do Joca, seus olhos me encararam, inseguros.

Ele se aproximou e passou o braço ao redor da minha cintura e deitou a testa no meu  ombro.

— Primeiro, ela não é bem minha ex e...

— Richard o prédio inteiro sabia que você estava enrolando a garota.

— Você não está chateada com isso ? Eu juro que eu terminei tudo com ela depois que passamos aquela noite juntos aqui.

— Eu sei que você teve um passado, assim como eu e bom, nossa situação era complicada, então não sei se caberia algum tipo de cobrança da minha parte, mas se tiver alguma outra mulher na sua vida eu acho bom você se decidir logo.

— Não tem mais ninguém Lena, na verdade nunca teve.

— Acredito em você, e só pra você saber, eu só bati nela pelo Joca e não por você.

— Você acabou com ela.

— Herança do papai. Mas enfim, o que você queria falar comigo ? Eu sei que não era só sobre isso.

— Talvez você me odeie ou talvez você entenda.

— Estou começando a ficar preocupada, Ríos. — deixou um beijo no meu ombro e me encarou

— Antes de começar, você precisa saber que se eu soubesse que tudo ia terminar assim, nunca teria ido embora e te deixado lá.

— E quando você foi embora? Até onde me lembro, fui eu quem fiz isso.

Sentou no sofá, puxando-me para sentar ao seu lado.

— Duas semanas, Lena — sussurrou, encarando os nossos dedos unidos. — Nós passamos a noite juntos duas semanas antes de você esbarrar em mim naquele jogo. — Passou a mão pelos cabelos e encarou meus olhos, não é possível que ele esteja realmente falando o que eu estou pensando. — Eu vou te contar tudo porque existe a possibilidade do Joca ser meu filho.

...

— Isso só pode ser brincadeira — sussurrei, sentindo as lágrimas
deslizarem pelas minhas bochechas enquanto esperava Richard começar a rir e falar que tudo não passava de uma brincadeira sem graça.

— Não é, Lena. Quando Juan levantou a possibilidade, a primeira coisa que eu fiz foi desacreditar também, mas quando parei para analisar tudo o que me falou desde que te reencontrei,principalmente as datas… Foram duas semanas apenas de diferença. Por mais que eu não quisesse que aquele dia tivesse acontecido dessa forma, aconteceu.

Abri a boca para responder, mas não sabia o que falar, por isso me levantei, passando a mão pelos meus cabelos enquanto andava de um lado para o outro. Puxei o ar com dificuldade, tentando pensar, minha cabeça parecia querer explodir com toda aquela informação.

— Nós usamos camisinha. Eu encontrei no chão do banheiro quando acordei.

— Então é mais aceitável ter estourado ou furado com outro filho da puta do que com a gente? — Ele também se levantou, agitado.

— Não é isso! — Balancei a cabeça, me sentindo perdida. — Eu só… Sempre foi isso, entende?

— Mas e se não foi? E se transamos mais de uma vez? E se estávamos tão bêbados que furamos a camisinha sem querer? Lena, não temos como ter certeza de nada sobre aquela noite.

Ao mesmo tempo que o que ele me dizia parecia fazer sentido, a possibilidade das nossas vidas terem seguido separadas por algo que poderíamos ter resolvido anos antes, deixava tudo pior, porque eu vi o meu garotinho crescer e notar a ausência do pai.

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Finalmente tomou coragem né querido.

Lena sendo super madura sobre a cabeçuda (eu não seria)

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Até o próximo 😘

Fuera de mi controlOnde histórias criam vida. Descubra agora