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Richard Ríos

Helena chegou de viagem e resolvi trazer eles para jantar fora, pela primeira vez, nós nos divertimos em um lugar diferente que não fosse em nossos respectivos apartamentos. Joca riu, fez amizade com todos os garçons, além de, claro, ter feito Helena querer se enfiar debaixo da mesa uma ou duas vezes.

— Temos que fazer isso mais vezes. — Ajeitei a cabeça de um Joca desmaiado de sono em meu ombro direito, esperando Lena se aproximar para passar o meu braço ao redor da sua cintura e guiá-la até a saída.

— Eu também adorei. No fim, foi um encontro perfeito a três. — Ri, descendo os degraus que nos levavam para a saída.

— Você está linda — murmurei, não conseguindo controlar a necessidade de tocar nos seus cabelos.

— Obrigada, meu bem.

— Eu nunca te falei — comecei, sentindo a minha garganta ficar seca e minhas mãos suarem. — Mas você é a melhor coisa que poderia ter me acontecido, tanto há 7 anos atrás quanto agora. — Acariciei suas costas, aproveitando para tentar excluir todo espaço entre nós.

— Você está querendo me fazer chorar, Richard Ríos? Porque está conseguindo!

— Não, Lena. O que estou querendo dizer é que eu amo o que temos. — Acariciei a sua bochecha, sentindo como se tivesse borboletas no meu estômago.

— Você está dizendo que nos ama? — Sua voz quase não saiu quando seus olhos se encheram de lágrimas.

— Tem como não amar? — Senti minha voz embargada, mas respirei fundo, tirando a minha mão da sua cintura para rodear o seu ombro. — Você, Joca e eu. Parece que sempre foi para ser assim.

Ela sorriu, secando as lágrimas do seu rosto enquanto ficava na ponta dos pés para grudar a sua boca na minha.

— Eu também te amo — sussurrou antes de sugar os meus lábios, deixando nossas línguas se encontrarem em um beijo apaixonado, mas não demorou muito para que começássemos a rir com o resmungo de Joca.

— Já pararam de beijar na boca? Também quero dizer que amo vocês.

Ele tirou o rosto amassado do meu ombro, abrindo um pequeno sorriso enquanto envolvia nossos pescoços e nos apertava contra ele.

— Eu também amo vocês. — ele estalou um beijo nas nossas bochechas.

— Sabe como essa noite pode terminar ainda melhor ? — Ele negou com a cabeça, curioso. — A gente vai embora, pegar aquele pote de sorvete que está na minha geladeira e assistir algum filme até dormirmos juntos no chão da sala. O que acha?

— Podemos, mamãe?

— Podemos, meu amor, mas não até tarde, porque você tem aula amanhã.

— Yes! — Joca comemorou, nos abraçando de novo.

Nós seguimos até a rua, onde solicitei o meu carro para o manobrista. Não demorou muito para que o trouxessem, mas foi o suficiente para o Joca voltar a ficar sonolento de novo. Lena estava pronta para entrar pela porta de trás quando senti uma sensação esquisita de como se tivesse sendo observado.

— Está tudo bem? — Ela me perguntou, mas antes que eu respondesse, uma voz
conhecida soou atrás de nós.

— Olha só, se não é o papai do ano.

Apertei meu maxilar e me virei, notando seus olhos se moverem entre nós três.

— Nicole, não posso dizer que é bom te ver.

— Nem eu, Richard. — ela riu e seus olhos fixaram-se no Joca, que se
encolheu nos meus braços. — Família bonita a que você está formando
há… O que? Umas três semanas? Isso explica o seu surto.

— Não temos mais nada para conversar, Nicole. Boa noite! — Voltei a dar as costas para ele, encontrando o rosto de Helena carregado de questionamentos
enquanto a encarava.

— Lena, você pode entrar e pegar o Joca ?

— Então era você ? — Ela me olha e eu não sei se tenho certeza de qual seja a sua pergunta.

— Você é um ingrato, como pode me trocar por essa aproveitadora e esse pirralho mal educado ?

Antes que eu pudesse ter qualquer reação, Helena partiu pra cima dela.

— Eu deixei bem claro pra você que o meu filho tem nome, e eu vou te mostrar quem é a aproveitadora aqui sua cabeçuda.

Helena Santiago com toda certeza tinha herdado o talento do pai para o boxe, eu estava em choque vendo ela dar uma surra na Nicole.

— Tio, acho que você precisa tirar a mamãe de cima dela.

— Tem razão carinha, fica aqui no carro tá?

Deixei o Joca no carro e algumas pessoas se aproximaram para ajudar a separar a confusão. Entramos no carro, encontrando os olhos de Joca no retrovisor, olhei para Helena só conseguindo dizer aquilo que me sufocava desde o dia em que descobri que Joca poderia ser meu:

— Me perdoa.

— Pelo que? — Sua testa franziu, confusa.

Passei a mão pelo rosto, ligando o carro e olhando para ela uma última vez.

— Quando a gente chegar, preciso te contar uma coisa.

___________________________________________

Não mexe com o Joca não cabeçuda.

Muito bom dia minhas querida leitoras, muito obrigada pela interação de vocês até aqui, eu amo ler os comentários de vocês e dou muita risada com alguns deles mesmo não conseguindo responder todo mundo, espero de verdade que estejam gostando da história, eu não esqueci que tenho outras 3 fics pra atualizar, mas é que acabei me empolgando com o Joca jkkkkkkk

Mas é isso, não esqueçam de votar e comentar

Até o próximo 😘

Fuera de mi controlOnde histórias criam vida. Descubra agora