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Richard Ríos

Eu já estava deitado no sofá da Helena quando ouvi a porta do seu quarto rangendo, indicando que alguém estava passando por ela. Me sentei, vendo-a se aproximar com os olhos vermelhos e
levemente inchados.

— Está tudo bem? — perguntei, sabendo da resposta, já que ela havia deixado a porta aberta e foi impossível não ouvir a conversa dos dois.

— Acho que sim. — ela abriu um pequeno sorriso.

— Vem aqui. — chamei e estiquei uma das minhas pernas sobre o sofá, puxando-a para se sentar entre elas. Helena sentou deixando o seu corpo encostar no meu.

— Não quero abusar da sua boa vontade. Na verdade, eu nem sei
como você não juntou as suas coisas e correu para longe da gente.

— Vocês vão precisar de muito mais do que isso para me espantar. — Beijei seus cabelos, envolvendo-a com os meus braços.

— Sobre o que conversaram lá fora ? — Ela se aconhegou mais a mim.

— Coisas de homem. — Sorri, lembrando de quando estávamos no corredor e o Joca fez questão de se desculpar a cada três segundos, e explicou o que na cabeçinha dele era o que estava acontecendo.

— Depois de hoje, eu duvido que ele volte a fazer qualquer coisa do tipo. Você deveria estar muito mais chateado.

Talvez, mas era difícil, principalmente sabendo que, em nossa história, talvez eu fosse o culpado pela maior burrada de todas.

— Como eu disse, tudo deu certo, não tem por que ficar irritado por algo que não aconteceu.

Como ela irá reagir quando eu contar?
Essa foi a pergunta que rodeou a minha cabeça durante toda a semana e me deixou inseguro a ponto de comentar com Aline depois que saímos da sala do delegado, com medo do que poderia acontecer se isso caísse na mídia. Line pediu para que eu a esperasse encontrar um laboratório de confiança para fazermos um teste de DNA que não vazasse a informação. Era uma merda como esses filhos da puta vivem buscando uma oportunidade para vender notícias e ganhar dinheiro às custas de algo tão sério, porque dependendo do resultado e de como repercutisse, Joca seria o mais afetado, por isso Aline também me aconselhou a conversar com a Helena para caso algo acontecesse, ela não fosse pega de surpresa, o que concordei imediatamente, porém bastou encontrá-la no corredor para perder toda a minha coragem.

E se ela me odiasse ao descobrir que passou por tudo sozinha só porque o destino fez nossos caminhos se cruzarem há sete anos? Conversando com o Juan, ele me fez lembra daquela festa, passamos uma única noite juntos duas semanas antes dela esbarrar em mim no jogo onde ela acha que nos conhecemos. O grande problema nisso tudo ? Eu tinha 17 anos, era irresponsável, estava bêbado e aceitei uma maldita aposta que meus amigos fizeram.

2 semanas depois esbarrei com ela novamente, e então começamos a ficar, eu não sabia que era ela, ou melhor eu não lembrava que era ela, depois de mais de um mês que estávamos juntos meus amigos relembraram da aposta, e eu soube que tinha sido ela a garota que eu passei a noite e fui embora sem falar nada no outro dia, mas não tive coragem de contar, não ria estragar o que tínhamos contando que eu tinha sido um idiota com ela algumas semanas atrás, e na minha cabeça isso não mudaria nada no que tínhamos. Exceto pelo fato de que agora existiam grandes chances do Joca ser o meu filho e a gente só ia descobrir isso depois de 7 anos.

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E o prêmio de Salvador da pátria vai para o Juan mais uma vez 🎉

Enquanto o prêmio de idiota do ano vai para o Ricardo mais uma vez 🤡🤡

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Até o próximo 😘

Fuera de mi controlOnde histórias criam vida. Descubra agora