Richard Ríos
Já tinha um tempo que eu não jogava tão inspirado quanto joguei o jogo de hoje, e a primeira coisa que fiz quando cheguei no vestiário foi mandar uma mensagem para a dona dos meus pensamentos.
Eu não consigo parar de pensar no quanto eu esperei por esse momento, porra! Eu passei 7 anos da minha vida me torturando, tentando achar em outras pessoas o que só ela tinha, e ela voltou pra minha vida como em um passe de mágica. Eu entendia o receio dela por conta do Joca, mas eu realmente não vejo isso como um problema.Aproveito pra responder outras mensagens, inclusive as do Juan que já não falava comigo há uns dias e eu sei exatamente o porque.
Realmente não seria tão simples encerrar as coisas com a Nicole, mas eu iria fazer isso o quanto antes, eu sinto que a vida está me dando novamente uma chance e o Juan estava certo, não posso perder a mulher da minha vida por conta de algo que não passa de sexo, porque com a Nicole era somente isso, e ficou cômodo ela sempre está ali disponível quando eu quisesse, o problema é que ela se deixou levar demais e criou sentimentos em algo que era pra ser apenas físico.
Fui um dos últimos a sair da vestiário e entrar no ônibus que ia nos levar até o hotel e amanhã cedo voltaríamos para São Paulo, e eu vou resolver toda essa merda de uma vez por todas, ou pelo menos tentar.
...
Cheguei ao meu apartamento e para minha surpresa a Nicole não estava, então apenas deixei minhas coisas tomei um banho e fui me encontrar com o Juan, mas assim que abro a porta do apartamento dou de cara com o Joca sentado no corredor.
— Ei, carinha — chamei, percebendo como o seu nariz franziu quando notou a minha voz. — Tudo bem por aí? Ele me olhou por alguns segundos antes de negar com a cabeça.
— Eu posso ter errado várias vezes a senha da porta e agora tô preso do lado de fora.
Me aproximei dele, notando sua boca suja do que quer que tenha sido aquilo que ele comeu e deixou as embalagens espalhadas ao seu redor.
— Você não pode só chamar a sua babá para ela abrir? Travou do lado de dentro também?
O garoto suspirou.
— A Júlia precisou ir ver o namorado dela. O combinado era eu não sair de casa e ela me dar 20 reais, assim como na semana passada, mas a mamãe me ligou dizendo que me amava e que era para a babá descer na portaria para pegar os meus doces que ela mandou.
Seu ombro subiu e desceu antes de ele se arrastar até a porta e encostar nela, puxando um pote com bolo para o seu colo.
— Eu mesmo fui, mas quando voltei, não consegui entrar.
— Como a Júlia não estava em casa, você desceu e não quis pedir ajuda para a portaria para não a entregar — concluí, vendo-o balançar a cabeça, concordando.
— É isso aí.
— Olha, eu estava pensando em almoçar e depois jogar um pouco de PlayStation — sugeri, ganhando a sua atenção ao apontar para o meu apartamento. — Por que você não vem comigo? Pode ficar no meu sofá até a Júlia chegar.
— Eu amo PlayStation — ele suspirou antes de negar com a cabeça. — Só que acho melhor não. Mamãe sempre diz para não aceitar coisas de estranhos.
Errado, ele não estava, só que também não existia a mínima possibilidade de eu deixar uma criança de 7 anos sozinha no corredor.
— Certo, então vou te fazer companhia até alguma delas chegar. — E lá estava o narizinho franzindo de novo. — Joca, vou fazer uma ligação e já volto. Você pode entrar se quiser, ok? Vou deixar a porta aberta.
— Tudo bem, vou ficar bem por aqui.
Me levantei do chão, começando a ligar para o Juan e avisá-lo sobre a mudança de planos, enquanto entrava no meu apartamento, ele entendeu a situação e disse que estava vindo me encontrar em casa.
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A babá muito responsável kkkkkkkkk mas esse vacilo dela vai ser importante no futuro.
Não esqueçam de votar e comentar o que estão achando em.
Até o próximo 😘
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Fuera de mi control
FanfictionO maior sonho de Joaquim era conhecer o pai, ele só não imaginava que o homem em questão fosse seu novo vizinho e "arqui-inimigo".