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Richard Ríos

— O-o quê? — Helena tossiu, nem sequer preocupada em me pedir desculpas, já que seus olhos estavam fixos em Joca, que esticou um guardanapo para mim.

— Joca, onde você conheceu essa Bellinha?

— Na escola ué.

— Além de você ser muito novo para isso, precisa conhecer melhor a pessoa com quem quer namorar.

— Tá tudo bem mamãe. — Joca deu de ombros, juntando as cartas espalhadas com um sorriso bobo.

Antes que Helena respondesse, o meu celular começou a tocar, atraindo sua atenção para o nome na tela.

— É a ligação que eu estava esperando — falei, pegando o aparelho e respondendo à Aline que já retornava. — Tudo bem se eu atender no seu quarto?

— Pode ficar à vontade — respondeu, dividindo o seu olhar entre
mim e Joca antes de virar o resto do seu vinho e se levantar, indo até onde
deixamos a garrafa aberta.

— Ela tá brava comigo? — Olhei para onde Helena seguiu antes de me virar para Joca.

— Não, eu acho que pode ser comigo.

— Seria legal ser com nós dois, aí a gente divide a braveza dela.

Balancei a cabeça para concordar com ele sem conter o sorriso.

— Vou lá falar com ela rapidinho.

— Tá.

Peguei a caixa de pizza vazia da mesa e a encontrei parada ao lado
da pia, olhando pela janela. Deixei a caixa sobre a bancada e me aproximei,
abraçando-a por trás.

— Seus garotos estão te deixando louca, não é? — brinquei, ganhando um pequeno sorriso dela.

— Eu só estou um pouco cansada.

Empurrei os seus cabelos para o lado, beijando o seu pescoço.

— Você sabe que não existe a mínima chance de acontecer qualquer coisa entre mim e Aline, certo?

Helena girou nos meus braços, encostando-se na pia e ficando de
frente para mim.

— Você acha mesmo que eu estou com ciúmes? — Ela riu baixinho, negando com a cabeça. — Talvez na primeira vez que a encontrei, mas acho que te conheço bem o suficiente para saber que nunca faria algo do tipo comigo.

Toquei sua bochecha, erguendo o seu queixo para beijar sua boca.

— Só que eu sei que tem algo acontecendo e você não quer me
contar. Grudei minha testa na sua, encarando seus olhos castanhos bem de
perto.

— Sim, tem uma coisa.

— E você não pode me contar ainda, não é?

Assenti, sem coragem de mentir.

— Eu até posso, mas queria que tudo estivesse certo antes.

Helena me olhou por alguns segundos antes de deitar a cabeça no
meu peito.

— Tudo bem, seja lá o que for, sei que você deve estar tentando nos proteger. Mas saiba que estou aqui para o que precisar.

Abracei o seu corpo com força, beijando sua boca mais uma vez. Eu esperava que ela se lembrasse disso.

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Hum... sei não em

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Até o próximo 😘

Fuera de mi controlOnde histórias criam vida. Descubra agora