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Richard Ríos

7 anos atrás

Abri os olhos devagar, já percebendo que havia feito merda na noite anterior quando minha cabeça latejou em resposta à claridade que entrava no quarto, quando me preparei para
sair da cama, senti uma respiração quente bater nas minhas costas ao
mesmo tempo que um peso foi colocado sobre a minha cintura.

Caralho! Puta merda.

Um alerta imediatamente se acendeu dentro de mim. Por que caralhos eu tinha dormido ali? Respirei fundo, tentando me acalmar. Eu nunca… Nunca dividi a cama com uma garota antes. Era muito mais fácil foder e ir embora logo depois, sem precisar lidar com a melação, ou pior, todo aquele drama do dia seguinte, onde elas me acusavam de ser insensível e toda aquela merda, sendo que eu não as enganava, sempre
deixava claro que era só uma foda sem compromisso.

Era uma garota, certo?

Apesar de achar alguns caras bonitos e já ter recebido convites para sair com alguns deles, nunca senti atração o suficiente para me jogar em novas experiências, porém, se eu tivesse feito qualquer coisa, queria pelo menos me lembrar se fui traçado ou se tracei.
Contraí meu cu em busca de evidências, mas ele não parecia diferente, muito menos dolorido, mas esse pensamento foi rapidamente afastado quando um barulho estranho soou atrás de mim.

Caralho, aquilo era... um ronco? Com um suspiro, levei a mão até o braço que ainda estava na minha cintura, alisando-o devagar. Era fino e liso como o de uma garota, só que como hoje em dia existia depilação e todas essas merdas, continuei o caminho pelo seu
antebraço até encontrar uma mão pequena e delicada. Para ter certeza, empurrei o edredom que nos cobria, tendo a visão de seus dedos finos pressionados em meu abdômen.

Hm, ela tinha unhas bonitas, afiadas e estavam pintadas de vermelho. Respirei um pouco aliviado antes de empurrar a mão para longe e me sentar, procurando pelo chão do quarto até encontrar as minhas roupas. Me levantei devagar da cama e caminhei até a minha cueca para vesti-la. Merda, eu nunca, nunca peguei no sono depois do sexo. A noite de ontem deve ter sido muito foda para ter me feito desmaiar na cena do crime.

Comecei a colocar o restante da minha roupa, ainda sem coragem de me virar.
Quando terminei de me vestir, refleti sobre o que fazer por alguns minutos.
Eu poderia ir embora dali e fingir que aquilo tudo nunca tinha acontecido.
Ou, mesmo com a minha cabeça doendo pra caralho e implorando por um analgésico, eu poderia me virar, dar alguns passos e saber o tamanho da minha aventura, porque, a curiosidade também estava me corroendo.

Decidido, dei alguns passos em direção à cama, tentando ter um vislumbre da pessoa que teve a sorte de dormir comigo, porém, quando me aproximei o suficiente, ela girou na cama, levando o edredom consigo enquanto escondia o rosto sob o mesmo, só deixando visível os cabelos castanhos.

— O que os olhos não veem, o coração não sente — murmurei, tendo um pequeno vislumbre de parte da sua bunda que, definitivamente, era bonita e gostosa.

Será que o comedor de cu fui eu? Mesmo bêbado, eu teria facilmente notado aquela preciosidade. Fui até a porta, empurrando-a lentamente para confirmar se não havia qualquer testemunha, quando não encontrei ninguém, atravessei o espaço sem me
preocupar em olhar ao redor, tirei o celular do bolso e chamar um Uber, tirando o fato de ter exagerado na bebida e dormido com alguém, sexo com uma desconhecida que eu nem fazia questão de lembrar o nome
era algo comum para mim, mas eu não podia vacilar, estava prestes a me tornar um jogador profissional e qualquer merda que eu fizesse, poderia acabar com a minha carreira antes mesmo dela começar.

Durante o restante da semana, eu evitaria as festas para estar preparado para o próximo jogo, mas depois que eu ganhasse a partida, mais uma garota teria a chance de se divertir comigo por algumas horas. Eu só precisava evitar o álcool. Era uma grande idiotice pensar
que estava tudo bem beber após meses focado em manter o meu nível dentro de campo. Qualquer estúpido que saísse para comemorar saberia que não conseguiria se manter sobre os próprios pés depois de um porre de vodca. Além disso, a última coisa que eu precisava era acordar na casa de alguma menina outra vez, isso poderia criar expectativas de algo que eu não buscava no momento.

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Finalmente matando a curiosidade de vocês de como tudo aconteceu.

Não esqueçam de continuar votando e comentando em.

Até o próximo 😘

Fuera de mi controlOnde histórias criam vida. Descubra agora