"Sem você eu estou totalmente sozinho. Quem vai orar por mim? Tomar minha dor por mim? Salvar a minha alma por mim? Porque eu estou sozinho, você vê. Se eu vou morrer por você, se eu vou matar por você, então eu derramarei esse sangue por você." - The Weeknd
ELISABETTA
Eu vi quando eles entraram com os carros detonados de balas em um depósito de gás clandestino. Aproveitando que o portão ainda estava aberto, eu acelerei a moto e entrei junto com eles, causando um rebuliço no local. Enquanto desciam, eles se deram conta da minha presença e começaram a atirar contra mim, fazendo com que os civis que tomavam conta do local por eles se assustassem e saíssem correndo. Uma das balas do Rocha atingiu meu pneu traseiro e eu tombei, caindo da moto e rolando para trás de um caminhão de pequeno porte. Eles não serão idiotas o suficiente pra atirarem feito loucos em um depósito cheio de botijões de gás, certo? Eu puxei o fuzil do Azevedo, que eu ainda carregava, pra frente e o empunhei. O pente não estava cheio, eu precisava ser certeira.
— Olha os bujões, porra! — um deles gritou
Aproveitei de um pequeno intervalo e botei a cara por cima da caçamba, atirando contra eles. Rocha estava com mais quatro soldados e, quando eu atirei, derrubei dois, o assustando. Ele correu pra fora do portão semi aberto, fugindo e deixando pra trás Marreco, seu cão fiel.
Marreco puxou o gatilho.
A voz do Cristiano preencheu minha cabeça e, com ódio, eu continuei atirando. Ele não revidou, apenas se escondeu atrás de um dos carros. As balas do fuzil acabaram e, sem ter como recarregar, eu o joguei no chão, puxando minha glock da cintura. Eu também não devia ter muita munição sobrando. Com a arma empunhada, eu me esgueirei pelo depósito, passando por trás de bujões e veículos. Haviam paletes com mercadoria provavelmente roubada, um escritório trancado com cadeado. Porra, eu havia encontrado a mina de ouro deles.
Pisando devagar, eu tentei não me deixar cegar pelo ódio e raciocinar. Foi quando eu ouvi um barulho atrás de mim e me virei, já atirando, mas fui surpreendida por um ataque lateral. Marreco surgiu, provavelmente também sem balas, acertando o rabo de seu fuzil na minha cabeça, me derrubando no chão. A pistola escapou das minhas mãos e ele se abaixou, desferindo um soco em meu rosto. O impacto entortou minha mandíbula na hora, mas eu me deixei levar pela adrenalina e investi contra ele, rolando no chão e ficando por cima. Tomei o fuzil de suas mãos e acertei seu rosto três vezes, vendo-o já desfigurando e o sangue jorrando. Minha camisa branca já estava ensopada de sangue, assim como minhas guias. Eu peguei minha pistola quando ele já estava quase inconsciente e me levantei, ainda por cima dele. Destravei a arma e mirei em seu rosto.
— Porra... — ele ofegou
— Você vai pro inferno. — murmurei com ódio
— Diretamente pelas mãos da Diaba. — ele sorriu, apesar do rosto desfigurado
Eu pensei no corpo de André caído cheio de sangue, sozinho no beco. Um tiro pelas costas, coisa de traidor. Pensei em Cristiano agonizando em meus braços. Puxei o gatilho. A bala atravessou sua testa e a vida deixou seu corpo, seus olhos arregalados olhando para mim. Respirei fundo, mas não tive tempo de pensar no próximo passo. Um disparo alto tomou conta do galpão, a bala passando pela lateral da minha costela e me derrubando no chão. Ainda com dor, eu me arrastei no chão, tentando ir até minha arma, mas pisaram nas minhas costas e me viraram, estalando minhas costas no chão. Rocha estava em cima de mim, seu pé pressionando meu peito, o ódio em seu olhar e sua arma apontada para meu rosto.
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Amores de Elite
FanficO coronel do Batalhão de Operações Especiais Roberto Nascimento estava acostumado a viver com o sangue nas mãos. Conhecido por ser impiedoso e nada tolerante, ele se vê desafiado quando recebe a missão mais arriscada de sua vida, capaz de lhe entreg...