Joelma - Sem Memória

Capítulo 52

-Joelma: Filha, eu... eu prometo que mesmo que eu vá, eu volto, tá?
-Isabel: Não, mãe, não... eu não quero que a senhora vá. Por favor, fica aqui comigo.
-Joelma: Eu fico hoje, tá bom? Amanhã veremos como vamos fazer. Eu tenho outras coisas lá fora, Bel...
-Isabel: Ok... tá bom, já entendi, mamãe.
-Joelma: Agora vamos comer.
-Clarita: Boa sorte, porque eu desisti. [Entrega o mingau para Joelma]
-Joelma: Obrigada.
¤Joelma
Dou o mingau de Isa e a coloco para dormir. Ela dorme segurando a minha mão, a coisa mais fofa do mundo. Depois que ela adormece, brinco com Enzo e Gabriel, eles se divertem tanto... não posso negar, eu também. Clarita ainda não está confortável comigo, e eu até entendo, afinal, ela sabe bem o que ajudou a fazer, já os outros três são apenas crianças, porém, eu não guardo mágoa alguma dela.
À noite, ligo para Rafael, dizendo que não irei voltar para casa, e ele apenas concorda. Eu uso uma camisola que era minha quando eu morava aqui, e visto uma calcinha por baixo. Deito na mesma cama com Isabel, que não tem mais febre, é... eu acho que fui o remédio dela mesmo.¤
¤Miguel
À noite, na minha cama, fico pensando em Joelma, ela passou o dia aqui em casa, mas em nenhum momento falou comigo, o que me parte o coração. Eu perdi a mulher que amo antes mesmo dela recuperar a memória. Bem, pelo menos é o que acho até este momento...¤
¤Joelma
Quase 01:15 da manhã, ainda estou acordada, mas a Bel e a Clarita dormem de boa. Fico acariciando o rosto da minha neném e pensando no pai dela... meu corpo estremece, sinto um desejo a flor da pele, tudo que mais quero é tê-lo... mas a mágoa em meu coração ainda é tão profunda.
Eu levanto da cama e vou até a cozinha, beber água. Faço um coque em meu cabelo e fico degustando da água, viajando na maionese. Assim que coloco o copo d'água na pia, e me viro para voltar para o quarto, vejo Miguel na minha frente.¤
-Joelma: Ai, que susto! [Passa a mão no peitoral]
-Miguel: Desculpa, eu não queria te assustar, é que me deu sede.
-Joelma: É a segunda vez que você faz isso.
-Miguel: E não é por maldade, eu juro.
-Joelma: Hum... ok.
-Miguel: Não tá conseguindo dormir? [Abre a geladeira]
-Joelma: Não... eu não consigo.
-Miguel: Imagino. Deve ser difícil sair do conforto da cama macia da sua mansão para dormir numa cama simples aqui na minha casa, né?
-Joelma: Miguel, não é nada disso... não mesmo, eu não sou assim, você...
-Miguel: Joelma, você é muito pior!
-Joelma: Não fale assim, Miguel...
-Miguel: Desculpa... desculpa, eu não queria falar isso, é que... é que tenho medo de você recuperar a memória e voltar a ser a megera que era.
-Joelma: Cheguei em um momento que acho que a minha salvação é essa megera de volta.
-Miguel: Só espero que você não magoe a Bel com isso.
-Joelma: Não é a minha intenção.
-Miguel: Assim espero. E mais uma vez, volto a dizer; desculpa por o que te fiz, eu sinto muito.
-Joelma: ...
-Miguel: Enfim, eu vou subir, pois já tá na hora de dormir...
-Joelma: Miguel...
-Miguel: Oi.
¤Joelma
Olho nos olhos de Miguel e ele se aproxima de mim ainda mais. Sinto a minha respiração muito ofegante e então ele segura a minha cintura, me puxando para mais perto dele, e sim, nos beijamos. Confesso: eu estava com saudade da língua dele dentro da minha boca, me fazendo sentir uma sensação de querer devorá-lo. Eu sinto um calor entre as pernas e Miguel me senta na mesa, ainda me beijando. O beijo é tão gostoso que tenho vontade de fazer outras coisas. Logo vou me deitando.¤
-Miguel: Que saudade eu estava de você.
-Joelma: Eu ainda quero te matar, mas me sinto igual quanto a saudade.
¤Joelma
Não tenho tempo de conversar, então volto a beijar Miguel. Ele levanta a minha camisola e acaricia os meus seios, me fazendo gemer entre o beijo.¤
-Miguel: Esse seu cheiro, esse seu gosto... sua pele macia... eu tenho vontade de te devorar completamente.
-Joelma: Miguel...
-Miguel: Quer fazer isso aqui mesmo?
-Joelma: Não, não podemos. [Empurra Miguel] Não podemos. [Levanta da mesa e se arruma] Não podemos.
-Miguel: Por qual motivo?
-Joelma: Não é certo. Eu vou subir, preciso ver a Bel. Boa noite, com licença.
¤Miguel
Joelma se arruma direito e vai subindo a escada. Eu bebo mais um pouco de água e logo subo para o meu quarto. Deito na cama e fico pensando no que acabou de acontecer na cozinha. Não demora muito, escuto a porta se abrindo, olho fixamente para ela, então Joelma entra e se aproxima de mim.¤
-Joelma: A Bel está dormindo... queria saber se você... se você não quer que eu te coloque para dormir também.
-Miguel: Joelma... [Sorri] não quero dormir, mas se você quiser, podemos fazer outras coisas.
¤Joelma
Dou um leve sorriso para Miguel e me jogo em cima dele, o beijando. Ele toca em todo o meu corpo por cima da camisola e solta o meu cabelo. Eu vou ficando fogosa e então tiro a camisola, deixando o meu corpo exposto. Miguel me deita na cama, beija o meu ombro e desce até os meus seios, os lambendo devagar... logo ele desce até a minha calcinha, a colocando de ladinho e passando a língua na minha intimidade.¤
-Miguel: Que saudade eu estava do seu sabor.
-Joelma: Ai, Miguel... não faz isso comigo, não!
-Miguel: Por que o que fala não condiz com o seu corpo? Hein?!
¤Joelma
Mordo os lábios e engulo em seco, sentindo meu clitóris quase explodindo quando Miguel o chupa com toda a intensidade do mundo. Me contorcendo na cama, eu dou um leve gemido.¤
-Miguel: Shiu... geme baixinho, senão vai acordar os nossos filhos.
-Joelma: Desculpa... é que já faz tanto tempo que a gente não faz isso.
-Miguel: Não se preocupa, pois hoje, vamos recuperar esse tempo perdido.
¤Joelma
Miguel volta a beijar a minha boca, se encaixando entre as minhas pernas. Ele abaixa a bermuda, e vai me penetrando devagar, aos poucos eu vou sentindo o meu corpo cedendo a ele. Enquanto sou penetrada por ele, nossos lábios se tocam, falto perder o ar, mas não quero deixar de beijá-lo. Nosso encaixe é perfeito, a coisa mais gostosa. Por um momento esqueço o mundo lá fora, só quero estar aqui, com o meu amado. Ao parar o beijo, Miguel fica com a cabeça no meu ombro, beijando o meu pescoço. Eu acaricio o rosto dele, gemendo pertinho do seu ouvido e mordendo de leve a sua orelha.¤
-Miguel: Você continua muito gostosa... que sorte eu tenho em tê-la de volta.
-Joelma: Ah, Miguel... eu sempre serei sua.
¤Joelma
Miguel para de me penetrar, e desce por meu corpo, me beijando. Ele segura as minhas duas pernas pra cima e me chupa novamente, dessa vez de forma mais bruta, porém, gostosa. Eu seguro os meus seios e fico gemendo baixinho, mordendo os lábios, pedindo que o mundo acabe lá fora, mas não o sexo que estou fazendo aqui dentro. Miguel falta me devorar, ele não só me chupa, como faz um beijo grego dos deuses em mim, me deixando totalmente louca, fazendo com que eu aperte o travesseiro e me contorça ainda mais. Ele me vira de lado e puxa o meu quadril, me deixando de quatro, então logo volta a me penetrar. Eu seguro o lençol da cama, o puxando e revirando os olhos... como pude me permitir ficar tanto tempo longe desse homem? Que bom que agora estou aqui.¤
¤Miguel
Sento na beira da cama e Joelma fica por cima de mim, "cavalgando" em meu quadril de uma forma tão gostosa e prazerosa, falto ficar louco. Enquanto ela faz isso, seguro o cabelo dela com uma mão, deixando a outra mão livre para passear com o polegar em seus lábios, sentindo sua respiração sendo liberada pela boca... ela me olha com cara de safada e com um desejo reprimido de um tempinho... aliás, desejo esse que estou a realizar, pois já estava na hora.
Sinto que vou gozar e quando isso acontece, tiro Joelma de cima de mim, gozando um pouco fora, mas, logo ela se abaixa, me fazendo um boquete maravilhoso enquanto seus olhos fixam nos meus, ela sente prazer em me ver degustando de sua boca em mim.¤
¤Joelma
Miguel, apesar de ter gozado, continua duro... duro como aço. Então, eu vou pra cama, ficando de quatro... e lógico que ele volta a me penetrar bem devagar, acelerando as penetrações em seguidas. Puxo o travesseiro e o mordo, já sentindo as minhas pernas bambas, estou pronta para gozar.¤
-Joelma: Ai, amor... ain....
-Miguel: Shhiuuu... calma... também estou quase lá novamente.
¤Joelma
Miguel passa a mão em minhas costas, e eu estremeço todinha, gozando bem devagarinho, e esticando as pernas, pois elas tremem muito. Meu amado fica em cima de mim e coloca o meu cabelo de ladinho, beijando a minha nuca e me mordendo em seguida.¤
-Miguel: Nunca mais faz isso comigo, mulher...
-Joelma: Isso o quê?
¤Joelma
Miguel sai de cima de mim, deitando na cama e me puxando para deitar ao lado dele.¤
-Miguel: Nunca mais fique longe de mim, por favor.
-Joelma: Pode acreditar que não farei novamente. [Acaricia o rosto de Miguel] Lembra que eu te falava que achava que te amava?
-Miguel: Sim, lembro sim.
-Joelma: Eu tive que ficar longe pra ter realmente certeza.
-Miguel: Certeza?
-Joelma: Sim, eu tenho certeza... certeza que te amo de verdade, Miguel. Apesar de tudo, eu estava com saudade.
¤Joelma
Joelma segura o meu rosto e sua língua toca o céu da minha boca, num beijo tão gostoso e cheio de saudade.¤
-Miguel: Saudade paga, meu amor?
¤Joelma
Miguel encaixa a mão dele na minha e eu dou um pequeno sorriso, com os olhos cheios de lágrimas... estamos juntos novamente, e eu nem consigo acreditar nisso.¤
-Joelma: Eu te amo, eu te amo muito!
-Miguel: Eu te amo mais, muito mais. [Dá vários beijinhos em Joelma]
-Joelma: Como sabe que o seu amor é maior que o meu, bobo?
-Miguel: Eu já te falei uma vez: porque você é pequenininha, então não tem como amar mais do que eu.
-Joelma: Idiota! [Sorri]
¤Joelma
Bato no ombro de Miguel e ele vem pra cima de mim, me beijando a boca.¤
-Miguel: Pensei que nunca mais teria você em nossa cama.
-Joelma: Eu pensei que jamais deixaria você me tocar novamente... pois mesmo com saudade, senti muita raiva de você.
-Miguel: Mas o que é de verdade não se destrói, meu amor.
-Joelma: Não mesmo, nunca! Por isso te perdoei... você me deu uma família, um lar e me apresentou ao amor, sou grata por tudo... mesmo com a mentira contada.
-Miguel: Acho que a sua raiva foi pensar que eu quis te matar no acidente... mas isso nunca aconteceu, nunca! Joelma, eu jamais mataria você, jamais!
-Joelma: E eu acredito em você.
¤Joelma.
Beijo Miguel e a gente fica grudadinho um no outro. Pegamos no sono, e é a primeira vez que durmo bem desde que fui morar na casa grande.¤