Visão de Eliza
Enquanto eu selava a consciência delas uma a uma, detectei um grupo de bruxas se reunindo no fundo do jardim. Uma energia conhecida me fez desacelerar e me revelei por completo enquanto ganhava proximidade delas. Molly não tinha envolvimento direto com as bruxas maléficas, mas por causa de suas ambições, acabou sendo usada por elas.
— LIZ, SUA VADIA! — gritou ela assim que me viu. Sorri e me aproximei a passos lentos. A raiva em seus olhos me dizia que poucas palavras não iriam tocá-la, mas pelo menos eu tentaria.
— Molly, você gosta tanto da Willow, mas está se aliando aos inimigos e atacando a casa dela. Não é isso que uma filha deveria fazer com a própria mãe.
— E o que você sabe sobre ter uma mãe? Você é só uma órfã ridícula que não sabe o próprio lugar. O que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta!
— Vamos pegá-la! — murmurou uma das bruxas maléficas para Molly. Ela concordou sem qualquer hesitação e todas começaram a correr estrategicamente à minha volta, fechando o cerco.
— Molly, você ainda pode se render — fiz uma última tentativa. Senti que estavam debochando de mim. Pareciam não ter notado que a única origem visível em mim é o meu elemento luz. Pela forma descuidada como agiram, eu diria que ainda não sabiam quem eu sou de verdade.
— E perder a oportunidade de me vingar? Como pode uma novata fracote como você aparecer sozinha aqui? Você é retardada ou o quê?
"Duas com origem unicamente psíquica e quatro de dupla natureza, sendo duas de fogo, uma de vento e uma do elemento trovão," pensei enquanto deixava Lisa cuidar da parte de análise de intenção.
"Vão atacar simultaneamente. Vento e fogo, magias fortes," disse-me ela.
"Muito fortes? Acha que conseguem nos arranhar?"
"Definitivamente não!" riu Lisa enquanto tomávamos forma de lobo, a menos de um segundo do impacto final.
"Quente, mas suportável!" pensei. Era a primeira vez que eu testava a indestrutibilidade da minha origem espiritual. A ocasião surgiu, achei que valia a pena brincar também.
"Elas não vão parar? Que tédio!" Lisa pensou, enquanto suportávamos uma sequência de magias que mal faziam cócegas. O mais desconfortável era conseguir respirar nesse calor.
Mesmo com toda a potência que as magias tinham por conta de elas terem usado a poção, eu sequer conseguia sentir medo. Meu instinto de lobo sempre me alertou quando eu tinha que lidar com inimigos fortes ou situações perigosas, mas a sensação que eu tinha era como a de caçar coelhos.
"Oh, acho que preocupamos alguém!" Olhei meu companheiro correndo desesperado e se lançando contra a bruxa que insistia em disparar magias de raios contra mim. Enquanto ele lidava com ela, finalmente resolvi me mover e caminhei a passos firmes em direção à Molly.
— MONSTRO! — gritou uma delas desesperada enquanto a figura de minha loba saía das chamas, completamente ilesa. Virando-se para fugir, tropeçou e caiu de cara no chão. Antes de se levantar, usei a superaceleração para abatê-la e rosnei para as demais, mostrando que teriam o mesmo destino se tentassem fugir.
— O que você é? — balbuciou Molly, os olhos arregalados, incrédulos. Ela tremia mais que as outras. Fui tomando forma semi-humana enquanto lançava uma magia espiritual que exacerbava o medo no espírito de minhas oponentes, incapacitando-as. Todas caíram no chão, tremendo tanto que eram incapazes de falar.
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Destino: O Rei Amaldiçoado
Hombres LoboLivros 3 e 4 da saga Destino (Destino: O Rei Amaldiçoado) + (Destino: A Soberana das Bruxas) Sinopse: Em um mundo envolto em mistérios e magia, Eliza se vê conectada ao destino do enigmático Rei Lohan, um homem cujo passado é tão sombrio quanto seu...