Em Seu Desejo

47° CAPÍTULO

Henry Cavill no Brasil, minha gente!!!! Ou devo dizer Jamie Carraway? ahahah *suspiro profundo*

Boa leitura <333

P.O.V Jamie

O barulho irritante e repetitivo dos bips me acorda de um cochilo que parece ter durado menos de cinco minutos.

As máquinas ao lado da cama estão medindo tudo o que é possível no meu corpo e o frio parece ainda maior do que quando fui dormi. Eles não podem ter aumentado a temperatura do ar-condicionado. Qual é?! Tem um homem acamado aqui.

Uma sensação estranha percorre minha coluna quando vejo a poltrona vazia ao lado da cama. Anne estava ali quando fui dormir, então onde ela está?

Tom entra no quarto e eu me sento, percebendo num segundo que as dores não são mais tão fortes assim. Meu peito já não me passa a sensação de que vai dilacerar com as dores agudas.

– Onde Anne está?

– Ela disse que iria pra casa tomar um banho e comer alguma coisa.

Franzo as sobrancelhas. Ela não me avisou isso.

– Faz quantos minutos que você a viu?

– Acho que uns quarenta, quarenta e cinco, mais ou menos.

– Você não acha que ela pode ter ido... – A palavra para na minha garganta com a possibilidade.

Encontrar-se com aquele psicopata, meu cérebro inevitavelmente completa a sentença. Aperto a beirada dos lençóis e espero uma mudança na expressão de Tom, mas não acontece.

– Ela não faria, Jamie. Anne é inteligente, sabe que seria um suicídio se fosse até lá.

Claro que seria. Ela sozinha no Brooklyn sem nenhuma noção do que fazer e representando um meio fácil de chegar até mim é tudo o que Evan quer. Mas ele não vai conseguir. Mesmo que isso não seja nem de longe um jogo, aquele filho da puta não vai ganhar. Não importa o quanto ele trapaceie, não importa o quanto ele está desesperado para me tirar desse mundo, nada dará certo pra ele.

Estico o braço e pego meu celular na mesa ao lado da cama. Mando uma SMS para Ann.

"Obrigado por ter me deixado sozinho. Bom descanso, nos vemos amanhã. Te amo."

Dizer eu te amo tão casualmente, assim como a última linha de uma mensagem, é um pouco estranho para mim, mas eu preciso deixá-la saber o quanto eu a amo em cada minuto do seu dia.

– Deveríamos ter pegado o celular dela para rastrear a mensagem. – Digo quando volto a colocar o celular sobre a pequena mesa.

– Do que adiantaria? – Tom se senta na poltrona e apoia os cotovelos nas coxas. – Ele provavelmente destruiu o celular no mesmo segundo em que a mensagem foi enviada.

– Mesmo assim. – Pego o controle e ligo a televisão. Ultimamente, parece que minha vida está se resumindo apenas à FOX e Warner Channel. – Não vale a pena arriscar.

– Eu sei.

Um episódio dos Simpsons começa a passar e o celular de Tom toca. Ele caminha a passos rápidos para fora do quarto e tudo o que eu consigo ouvir é "o que houve?". Essas três palavras me fazem ficar aflito pra cacete porque na maioria das vezes nunca significa boa coisa. Tom só atende o celular assim se quem estiver do outro lado da linha for da equipe de investigação.

Olho para o lado e vejo a bolsa de soro. Não estou com vontade de dormir, e isso significa que eles não estão mais colocando analgésicos que têm como efeito colateral o sono, ou seja, estou melhorando.