12° CAPÍTULO

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– Você tá achando que eu trabalho na onde? – Ele pergunta, irritado. – FBI, Interpol ou o NCIS?

Tento não focar na parte em que ele falou "NCIS".

– Eu não especifiquei. Quero que você me ajude a achar uma mulher, algum registro dela, alguma coisa.

– Virou lésbica? Minha irmã e você tão se pegando?

– Martin Johnson, será que só sai bosta da sua boca?

– Sair não sai nada, não. Mas se você quiser enfiar a sua língua, eu aceito.

Suspiro, estressada. – Você vai me ajudar ou não?

– O que eu ganho com isso? – Parece bem mais interessado agora.

– O que você quer?

– Martin É O Melhor escrito nos seus peitos.

Solto um resmungo de exasperação. – Muito obrigada pela ajuda. Vou desligar.

– Não, espere. Tá, agora fiquei curioso. Eu faço o serviço por cinco grades de Heineken, uma cartela de Marlboro e cinco Tic Tac's.

– Você está zoando com a minha cara, não é?

– Não, pão, eu não estou zoando. É sério. Como é o nome?

– Suzanne Carraway.

– O que você quer saber?

– Tudo. A vida dela, dos filhos, onde morou, data de morte...

– A mulher tá morta? – Se eu não estiver enganada, Martin está com medo.

– Sim. Está com medo, Johnson?

– Não, claro que não! Eu vou pesquisar, e aí te ligo amanhã depois das cinco da tarde. Beleza?

– Ok. Obrigada, Martin!

Desligo o celular e olho para a minha foto de papel de parede: Uma foto que Sarah tirou de mim quando estávamos no Central Park.

Mando uma mensagem para Jamie.

"Obrigada por ter vindo, obrigada por aturar as perguntas da mamãe, obrigada por existir, obrigada por estar aqui. Boa noite."

Sem conseguir passar mais nenhum segundo com os olhos abertos, arrasto–me para debaixo do cobertor e dou a mim mesma um bom descanso.

* * *

– Bom dia, bela adormecida! – Minha mãe diz assim que eu apareço na sala.

Está sentada no sofá com o iPad no colo vendo algumas joias.

Sento–me ao seu lado. – Bom dia. Essas aí são para a coleção do ano que vem?

– Hum–hum – murmura e coloca o iPad no meu colo.

Arrasta a tela para o lado e a imagem para em um colar simples com uma pedra de diamante no pingente. É linda.

– Gostou? – Questiona.

– É lindo – murmuro, encantada.

– Eu sabia. Quando vi, pensei em você na hora. A empresa está indo tão bem.

Levanto–me, pois sei aonde esse assunto vai parar. Mamãe, mesmo que diga que está feliz com a M&B, quer mesmo é que eu administre a empresa com os dois. Eu não quero.

– O que quer para o café da manhã? – Mudo de assunto. – Aceita ir almoçar com uma amiga que está doida para te conhecer? Emily.

– Café preto, forte. Ah, é? – Ela adora pessoas que a veneram. – Claro, claro. Vou fazer uma reserva.

Em Seu DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora