25° CAPÍTULO

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Dou uma risada sarcástica. Quem ela está achando que é para parar em minha frente e dizer "agora você vai me escutar"?

– Não há nada vindo de você que eu vá ouvir.

Katherine sorri, e é o tipo de sorriso que eu sempre evitei receber. – Vocês voltaram. E agora você sabe quem eu sou.

– Não faz diferença eu saber quem você é. Você continua sendo uma figura insignificante na minha vida e na vida de Jamie. E, aliás, onde isso é da sua conta?

Katherine dá um passo a frente, ficando mais perto de mim. Cruzo os braços e estreito os olhos. Se ela pensa que eu vou recuar, está bem enganada.

– Na primeira vez que ele te fodeu, você o despiu?

– Mais uma vez, isso não é da sua conta.

– Aproveita o seu tempo junto dele, Anne Mitryad.

– Pode ter certeza que eu estou aproveitando como nunca. – Digo. – E vê se arranja algo para ocupar sua cabeça e esquecer a vida dos outros.

Sinto a presença de Tom antes mesmo de ouvir sua voz. – Anne.

Sorrio por ele ter me chamado de Anne.

– Oi.

Tom tira a mão da cintura, de sua arma, porém ainda permanece com aquela postura que deixa todos ao redor sabendo que ele não é um homem para se brincar.

– Vamos? – Ele pergunta.

– O segurança de Jamie cuida de você. – Katherine observa.

Dou uma última olhada para trás antes de seguir Tom até o carro. – Você deveria procurar alguém para fazer o mesmo.

*

– Jamie? – Chamo-o do meio da sala de estar.

As luzes mais altas do lugar estão apagadas, dando à cobertura um ar de isolação. Por alguma razão, isso faz meu peito apertar, como se Jamie quisesse ficar sozinho. O que me conforta é a porta que estava aberta, um sinal de que ele está me esperando.

– Anne.

Olho para o topo da escada e vejo-o parado ali. Sorrio incapaz de conter a excitação que corre pelo meu corpo.

– Oi, garotão.

Ele desce as escadas com tranquilidade, desabotoando os botões do paletó e o jogando pelos degraus. Logo depois é a vez do colete e a gravata, conferindo a ele um ar sexy de desleixo.

Quando Jamie me alcança, toda a paz que ele transmitiu enquanto vinha até mim se revela um desejo ansioso. A palma da mão envolve minha nuca e o seu braço passa pela parte inferior das minhas coxas, erguendo-me do chão e me levando ao sofá, ficando sobre mim. Seu beijo me devora e me deixa totalmente vulnerável.

– Não deixe aquela mulher encher sua cabeça de merda sobre mim – sussurra.

Fecho os olhos.

– O que você fez de tão ruim à ela?

Ele afunda o rosto na curva do meu pescoço.

– Não fiz nada. Eu trepei com ela, e foi só isso. Eu era um filho da puta, Ann.

– Ela me perguntou se você me deixou despi–lo na nossa primeira vez.

– Eu nunca deixei mulher nenhuma tirar minha roupa antes de você. Esse toque significa muita intimidade para mim.

Procuro os botões da sua camisa e os desabotoo devagar.

– Assim? – Questiono baixinho.

Jamie balança a cabeça positivamente.

Em Seu DesejoOnde histórias criam vida. Descubra agora