Em Seu Desejo

17° CAPÍTULO

Aqui estou eu de novo! Quero desejar a todos que leem Em Seu Desejo um ano maravilhoso. Que vocês tenham muita felicidade, paz, alegria, diversão (na medida certa, não?) e tudo o que 2015 pode nos oferecer. Vamos lá, temos 364 dias pela frente, e podemos fazer deles os melhores! Beijãaaaaaao <333 

Caminho por uma passagem de cimento até as portas da casa. Aperto minhas mãos em torno da lapela do casaco, e meu subconsciente afirma o que eu estava tentando esconder de mim mesma: estou com medo! Muito.

Paro em frente a uma recepção velha e que cheira a mofo e naftalina. Uma mulher negra, esguia e que tem uma expressão de poucos amigos está de cabeça baixa olhando para um papel.

– Boa tarde. – Digo baixo.

– Oi. – Diz secamente.

Recuo um passo.

– Quero ver uma pessoa.

– Qual o nome?

– Mary S. Carraway.

Penso ver de relance certa surpresa em seu rosto.

– Mary nunca recebeu visita. Qual a sua relação com ela?

Engulo em seco para conseguir dizer a palavra: – Nora.

– Como é o seu nome?

Quantas perguntas.

– Anne. – Digo.

– Espere um segundo.

Ela sai de trás da recepção e caminha por um corredor escuro, desaparecendo no final dele. Vejo um jornal ali em cima. Pego-o e procuro pela folha social. Como esperado, uma foto minha e de Jamie está como principal matéria.

“Nova York: Jamie Carraway, o (ex-) solteirão e presidente das Empresas Carraway, apareceu nesta sexta feira em um jantar beneficente com Anne Mitryad, filha de Oliver e Cecilia Mitryad, os consagrados responsáveis pelo sucesso das joias que leva o sobrenome da família. Uma fonte confiável de dentro das Empresas Carraway e a gerente das relações públicas do empresário confirmam o namoro."

Minha nossa. Pelo menos não disseram nenhuma mentira.

– Senhorita, terá que ir embora. Ela disse que nunca teve filho.

– Tente só mais uma vez.

– Vá embora. – Diz rispidamente.

– Jamie Carraway. Diga esse nome a ela, por favor. Caso ela ainda diga que não tem filho depois disso, eu vou embora.

Ela cerra o maxilar e faz o sinal de um minuto com o indicador. Mais uma vez desaparece. Pego a folha social e enrolo-a em minha mão. A mulher aparece:

– Venha.

Suspiro aliviada. Ela conhece Jamie! É a mãe de Jamie! Sigo-a por um corredor de paredes descascadas e chão de pisos desbotados.

– Como é o seu nome? – Questiono baixo.

– Jessica. – Responde bruscamente.

Aceno com a cabeça, sem noção de que ela não pode me ver.

Entramos em uma espécie de sala grande e escura. Há dez camas de ferro em cada lado, e uma lareira velha está chamuscando um calor que nem de longe serviria para aquecer alguém. Uma ou duas camas estão vazias, mas de resto estão todas habitadas. Paramos em frente a uma cama em que uma mulher magra e de cabelos castanhos que caem sobre seu rosto está sentada. Deve ter no máximo cinquenta anos, mas sua aparência denota mais idade.