O Rei Dragão - parte 50: Redenção

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Poderosa Liberdade

Poderosa Liberdade da Alma

Descanse Agora

Taori não é humana, tampoucodragão, apresenta-se como um ser alado com características das duas espécies. Apele sem escamas não é fina como a dos homens, ela não possui cauda, mas voacom asas semelhantes às dos dragões. Sua face e corpo sugerem uma forma humanoide.Embora Taori tenha a altura de quatro homens é bem menor que os três dragõesque a acompanham. Apesar de tudo, Eduardo reconheceu Sabrina. Identificou pelosolhos, o cabelo, parecia inimaginável, mesmo assim teve total certeza de queaquela era Sabrina.

Ao redor dela voando emondulações nada elegantes, realmente desajeitadas acompanhava-a um belíssimodragão verde. Maior que Dorijan, obviamente feminina, sem bigodes, chifres ouqualquer traço grotesco. Ornava o topo da cabeça uma formação óssea em forma dearco que deixava Ururau ainda mais encantadora. O tom das escamas metalizadas erao mesmo dos olhos verde-acinzentados que ele reconheceria em qualquercircunstância, Beatriz.

Sentiu a velha e incômodavertigem e segurou com força as rédeas de Coisa. O maesel sensível para intuiro sentimento de seu montador, desviou sem necessidade de comando daqueles queos atacavam e levou Eduardo para perto de Ururau e Taori. Um mais corajososeguiu Eduardo cuspindo seu veneno paralisante, um jato atingiu a cauda deUrurau. As escamas metálicas eram impermeáveis ao veneno, então a gosmasimplesmente escorreu sem causar dano. O dragão verde agarrou o homem-maeselcom o pé e o esmagou.

As pessoas no chão mal sabiamresponder o que era mais incrível: o despertar de Taori ou o regresso doterrível Pedra Branca.

O dragão branco deu rasantessobre a batalha desferindo cortes com suas garras pontudas em quem julgasseinimigo. Seu intuito era o mesmo de Caça Escalpos: romper a barreira. Inflou ospulmões de ar e soprou com fogo no portão, sinceramente sentia muita falta decuspir chamas flamejantes. Seus olhos albinos amendrontavam inclusiveinsurgentes como ele, completando sua estratégia de causar pânico emitiu sonsguturais, selvagens, queria ser visto como uma fera implacável.

A maioria dos que estavampróximos ao portão não teve como se proteger e morreu no incêndio. Poucosconseguiram se esconder no túnel e Miguel-Enk teve sorte de ser puxado pelomensageiro para dentro da passagem dos informantes. Esses poucos tiveram queassistir impotentes o dragão branco invadir o pátio interno da Casa Real,seguidos de um bando de rebeldes que não perderam a oportunidade de invadir.

Localizou a passagem para ocaminho e a vila, era estreita para seu corpanzil atravessar, afastou-se paraos rebeldes passarem, percebendo que causava temor neles. Prevendo adificuldade do dragão Caça Escalpos desceu da muralha e veio com o monstro-plantapara o pátio interno. Chamou Pedra Branca:

- Vamos por cima da muralha!

O dragão acompanhou o últimohumano com quem lutou para o local indicado. Lá do alto podiam ver o campo debatalha onde Dorijan, Tairone e Eduardo ainda completavam a vitória sobre aGuarda e os homens-maesel da família real, restavam pouquíssimos lutando pelaprópria sobrevivência. Dentro da Casa Real teriam que recomeçar tudo, elestambém contavam com muitos homens, entre arqueiros, lanceiros e espadachinsalém de canhões e toda a estrutura que apresentaram lá fora. Porém osinsurgentes vinham de uma vitória, aumentando a expectativa de repetir oresultado.

Caça Escalpos sinalizou paravirem rumo ao palácio e o fluxo de gente aumentou. Acima deles Eduardo passou àfrente do rebanho de maesel alados, iniciando a neutralização dos arqueiros.Ali essa tarefa ficava mais complicada, pois eles se espalhavam pelos telhadosda vila ou qualquer ponto alto que parecesse propício, assim era preciso queeles dessem um primeiro disparo para identificar o esconderijo.

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