As Prisioneiras dos Livros : livro sequência de O Rei Dragão

186 9 10
                                    

OI! ESTE CAPÍTULO É UMA APRESENTAÇÃO DO LIVRO SEGUINTE AO REI DRAGÃO, CHAMA-SE AS PRISIONEIRAS DOS LIVROS. NELE EU RELATO A FAMOSA GUERRA CIVIL QUANDO COM O APOIO DE FRONTIR-MÉSIA AS VILANIAS DE PORTO SECO SEPARARAM-SE DO POVOADO DE NOVA-AMIRTRÉIA. NESSE ENREDO VOCÊ VAI SABER MAIS DO PASSADO MISTERIOSO DE SASSER-SAUER, CRIS, MARIA, BISTIENE. SERÁ VERDADE QUE ELAS CONHECERAM O BISO?


Por que está amanhecendo,

Se não vou beijar seus lábios quando você se for?

Ana-Ix caminhou pela cidade evitando pensar como encontrar o caminho de volta para a biblioteca, já que nem fazia ideia de onde localizar o portal, pouca diferença faria se perder pelas ruas. Nada soava draconiano no meio daquele caos, aquela era a verdadeira ausência de dragões, muito mais do que o período entre o desaparecimento de Pedra Branca e o regresso do Rei Dorijan.

Os carros simbolizaram para a jovem o máximo da negação de magia, aqueles cubos metálicos e ruidosos sempre ficariam registrados na memória de Ana-Ix junto do significado: monstros letais. As faces das pessoas que caminhavam a pé nas calçadas também não pareciam cordiais, então o rosto sério da líder mésia misturou-se bem na multidão. Mas ela entendia que era um ganho mínimo de tempo, pois seus perseguidores, os homens de preto sabiam que ela não pertencia e esse mundo, certamente portadora de propósitos incovenientes e deveriam eliminá-la o mais rápido possível.

Ana-Ix observou ao redor preocupada por que ninguém parecia inimigo, então ficava com aquela sensação massacrante de paranoia constante sem ter um sujeito para culpar. Do outro lado da rua viu um posto de gasolina, que ela interpretou como um pátio razoável para observar r estudar os arredores. Além disso era razoavelmente tranquilo porque no posto os monstros metálicos moviam-se devagar, sendo por vezes atados em pequenas colunas.

Fez uma careta incomodada com o cheiro forte que dominava o posto, ficou tonta e enjoada, por isso decidiu prender a respiração. Era capaz de manter apnéia por um longo tempo, porém aquele lugar desconhecido misturado com a extrema tensão alteravam até seus dons, bufou alto, incapaz de segurar o ar.

Sentiu cheiro de mar vindo de uma prancha presa em cima de um carro. Receosa, aproximou-se para concluir se era uma pista certeira.

- Você surfa? – um rapaz perguntou.

Em geral, as pessoas falam com uma pronúncia e vocabulário difíceis para Ana-Ix compreender. Eram versões muito distantes de um mesmo idioma.

- Onde eu encontro mar?

O rapaz deu um passo na direção de Ana-Ix sorrindo e bem-disposto a ajudar, quando uma mulher de cabelo preto e amarelo pôs a cabeça pra fora do carro e gritou:

- Qual é o problema?

Nem precisava compreender a frase para captar o tom antipático, Ana-Ix quis puxá-la pelo cabelo e arrancar dela à força as respostas que precisava sobre como encontrar o caminho para a praia. Assustado com o ciúme da parceira, o rapaz virou as costas, ocupou o banco do motorista e partiu deixando Ana-Ix sozinha. O frentista que testemunhou a situação perguntou "tudo bem, mocinha?" e ela teve esperança de finalmente conseguir informação.

Iniciou um novo falatório, que dessa vez não incluía Ana-Ix. Estacionaram um grupo de motos e saltaram de cima delas vários rapazes que conversavam alto dando risadas. No entanto o barulho vinha da reação das pessoas na rua à chegada do grupo, gritavam, apontavam e tiravam fotos com os celulares. Tanta novidade silenciou Ana-Ix brevemente, eram hábitos muito estranhos. Perguntou a si mesma "Seriam a realeza desse mundo? E se forem? Serão amigos ou inimigos?"

O Rei DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora