Capítulo 48

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Audrey

Quando Duke entrou no consultório, um frio passou por minha espinha. O medo que ele tentasse de alguma forma tirar meus filhos de mim. Somente a ideia já acabava comigo. Mas como boa advogada que fui sabia que Juiz nenhum daria a guarda de nossos filhos a ele, mas não queria ter que resolver nossos problemas com ajuda de um advogado e diante de um Juiz.

Mas quando ele se jogou aos meus pés, pedindo perdão, para não afastar seu filho e, pois, queria conviver com as crianças, vivenciar ao lado deles todos os momentos. Não aguentei toda magoa que sentia, raiva, se esvaiu.

Meu moreno já não era mais o mesmo, estava magro, com os cabelos e a barba mal cortadas, seu rosto aparentava ter envelhecido uns dez anos, cansaço e tristeza era perceptível em sua feição.

Duke ficou ao meu lado de mãos dadas comigo o exame inteiro, Gabi colocou o coraçãozinho do bebê para que nós escutássemos como está tudo certinho, Duke só chorava, fiquei até com medo que ele desmaiasse em algum momento desidratado.

Roy veio-me avisar que tinha um problema e teria que ir embora, fiquei preocupada pois ele estava com um semblante muito preocupado, sério até mesmo tenso.

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Estava no shopping novamente, as vendedoras estavam até fazendo festa. Já tinha gastado uma pequena fortuna com Roy, agora Duke gastava outra.

Descobrimos o sexo, vai ser três meninos. Na verdade, não temos certeza, pois um estava com as perninhas bem fechadinhas, os outros dois já deu para ver, eram dois meninos.

Duke ficava falando que era obvio que dava para ver o sexo, pois os filhos deles nasceriam com um pau enorme igual ao dele, me fazendo morrer de vergonha e doutora Gabriela rir.

- Terra chamando. - Duke parou na minha frente com um monte de roupinha em seus braços e duas vendedoras atrás do mesmo jeito.

- Oi desculpa, não estava prestando atenção.

- Perguntei qual azul você gosta mais? - Disse mostrando várias pecinhas.

- Duke acho que são iguais.- Sorri vendo ele fazer uma careta.

- Claro que não, esse.- Levanto um macacão azul.- é Safira, esse.- Levanto outro que era apenas um pouco mais claro.- é Azul Royal, aí também tem o Azul bebê, Azul celeste, Azul marinho, azul meia noite, azul puro, azul cobalto e o Azul prussiano.

Para mim ele segurava tons parecidos de azuis.

- Nossa você entende de azul.- Falei rindo.

- As vendedoras acabaram de falar.- Disse todo animado.

- Ah.

- Qual você mais gosta?

- Já comprei muita coisa Duke, pode escolher.

Ele me olhou com um sorriso que chegavam até seus olhos e isso me fez rir. Era engraçado seus entusiasmos.

- Oi meninos, vocês não vão ter que escolher quais azuis vão querer usar, porque o papai vai comprar tudo que parecer com azul para vocês, é só o começo, escutaram. -Falou abaixado beijando minha barriga.

Todas a mulheres que passam por perto ficaram derretidas com ele. O deixei com a vendedoras e fui andar pela loja.

Passei pelos brinquedos e imaginei meus meninos brincando, vi três ursinhos que achei muito fofo.

Um cursinho usava uma camiseta azul, outro uma verde e o ultimo usava uma branca.

Peguei e continuei caminhando pelos corredores da loja, até que vi o a parte das meninas, as cores variavam de rosa, roxo e vermelho, era tudo tão delicado.

Vi um macacãozinho rosa bem clarinho com alguns detalhes em renda, tão lindo.

- Quer pegar mais alguma coisa? - Duke perguntou se aproximando de mim e reparei que 5 vendedoras o seguiam com os braços cheios de roupinhas.

- Só isso...

Antes que terminasse de falar Duke pegou tudo e deixou com a vendedora que tinha brotado ao seu lado.

Ele pagou tudo e saímos da loja cheios de sacolas, tinha no mínimo umas trintas.

- Semana que vem nós podemos vim comprar...

- Duke calma, você vai ter pelo menos uns 20 anos pela frente para gastar com eles.- Interrompi.

- A vendedora disse que semana que vem vai chegar...

- Duke, criança cresce rápido.- Interrompi novamente.

- Eu sei, quando não servir mais neles podemos doar.

- Com a quantidade de roupas que compramos, eles não vão nem chegar a usar.

- Aí nos doamos roupinhas novas.- Disse sorrindo.

Não ia falar mais nada, já vejo o estrago que ele vai fazer com essas crianças. Só quero ver quando nossas famílias ficarem sabendo, terei que alugar um apartamento só para montar um closet para os bebês.

Quando estávamos chegando no carro lembrei que tinha esquecido meu celular, então deixei o Duke guardando as sacolas e fui andando até a loja rapidamente, porque se Duke voltasse ali ele ia pedir para fechar as portas e compraria a loja inteira. Sorri internamente com o pensamento.

Entrei na loja as vendedoras foram logo se animando, mas logo deixei claro que tinha apenas voltado para buscar meu celular, estava voltando para o carro quando...

- Senhora? -Um rapaz vestido casualmente me chamou.

- Eu? - Perguntei olhando para todos os lados.

- Sim, mandaram te entregar.- Disse estendendo um envelope preto com dourado.

- Para mim? Tem certeza? - Olhei confusa.

- Tenho sim.

- Quem? -Perguntei pegando o envelope.

Nesse momento ele saiu andando entre as pessoas, tentei acompanha-lo, mas não consegui, o perdi de vista quando entrou em uma loja de departamentos.

Abri o envelope curiosa.

" Parabéns querida, três menininhos de uma vez, que sorte. Espero que seja o suficiente para suprir a falta que seu pequeno aviador Jason lhe fez. Tome cuidado, milhares de crianças desaparecem constantemente no mundo.

Quem avisa amigo, é.

Assinado: Um Amigo... "

Peguei meu celular na hora e digitei o número da única pessoa no mundo que podia me ajudar.

- Roy. -Falei com a voz chorosa.

- Ei linda, o que houve? O idiota do Duke fez alguma coisa? -Perguntou preocupado.

- Eles voltaram.- Saiu por um fio de voz.

- Quem voltou? -Seu tom era exaltado.

- Não deixa levarem meus filhos, por favor.- Falei chorando.

Escutei falar algumas palavras em japonês, depois xingar então houve um silencio.

- Eu vou matar um por um, antes mesmo que eles pensem em tocar em vocês. - Disse por fim e desligou.

Estava sem chão, nãoconseguia imaginar perdendo meus meninos, não aguentaria isso mais uma vez. Asvendedoras da loja vieram correndo na minha direção e faziam perguntas semparar. Meu coração estava disparado e sentia uma vontade muito forte de vomitar .


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