Capítulo 51

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Audrey

'' tenho meus motivos para achar que a morte de Bryan está relacionada com esse último trabalho. ''

Passava como um disco riscado em minha cabeça.

- É ... como posso dizer ... vamos dizer que talvez ... eu já sabia disso a algum tempo. -Roy falou abaixando seus olhos para sua mão.

Que? Meu amigo sabia esse tempo todo quem tinha tirado os dois amores da minha vida e não me contou, mesmo vendo todo meu sofrimento.

- Não brinca comigo Roy. -Segurava as lagrimas que estavam a ponto de cair.

- Audrey me perdoa, isso foi para seu...

- Para meu o que? Meu bem? - Gritei.

- Foi exatamente isso. - Manteve sua postura e seu tom.

E isso aumentou minha raiva, como ele podia vir falar isso e ainda manter se manter calmo, relaxado, como se não fosse nada importante.

Encostei minha cabeça na cadeira, tentando me acalmar por meus meninos, tinha que pensar neles, passei a mão no meu cabelo procurando em algum lugar bem distante calma.

- Me conta tudo de uma vez.- Disse baixo.

- Não vai me atrapalhar né? -Perguntou e senti uma vontade assassina passar por meu corpo.

- FALA.DE.UMA.VEZ!

- Audrey, tenta me entender. -Agora se preocupa com o que vou pensar.- Quando o Bryan morreu e você pediu para que eu descobrisse quem tinha feito tal maldade, não pensei duas vezes pois via diariamente seu sofrimento.

- Descobrisse para que o infeliz fosse preso, sim me lembro. - Falei com os olhos cerrados.

- Foi o que eu fiz, você sabe que meu pai é um dos Oybun da Yakuza? -Assenti. - Quando você me ligou pedindo para que te ajudasse, logo em seguida entrei em contato com meu pai, ele me ajudou a entrar em uma máfia de onde tinha saído a ordem para o assassinato do Bryan... -Parou e respirou fundo.- Mas ele deixou claro que a partir do momento que entrasse na máfia, ele não poderia me ajudar, tudo que eu fizesse ou acontecesse, era por minha conta.

Olhei para meu amigo traidor e vi dor em seu olhar, como se aquelas lembranças o machucasse.

- Mesmo com esse aviso, me mantive firme, já dentro da máfia tive que fazer muitas coisas do qual me arrependo profundamente. - Apoio os cotovelos no joelho e colocou suas mãos sobre seu rosto. - Me aproximei de todos, fiz o que mandavam, durante um ano e meio.

- Um ano e meio? É aquele tempo que você disse que estava procurando diamantes para suas joalherias?

- Isso, mas eles descobriram Audrey.- Falou raivoso. - Me mandaram escolher entre ter você sofrendo pela morte ou sofrer por ter você a sete palmos de terra.

- Roy, eu não...

- Me deixe terminar, eu apanhei, tive ossos quebrados, fui eletrocutado, mas mantive firme a ideia de desmascarar eles, até que então eles falaram que seu filho ainda estava vivo e que eles fariam com o garoto tudo dez vezes pior o que estavam fazendo comigo. - Levantou sua cabeça e seus olhos estavam marejados. -Uma criança Audrey, eles espancariam uma criança.

Eu chorava compulsivamente e ele me acompanhava murmurando coisas inaudíveis.

Meu Jason está vivo? Meu menino, meu príncipe, meu filho está vivo. VIVO.

- Onde está o Jason Roy? - Perguntei batendo as mãos na mesa.

- Eles não me contaram na época, apenas prometeram manter o menino bem cuidado, se minha boca ficasse fechada.- Levantou limpando as lagrimas. - E foi o que fiz.

- ONDE ELE ESTÁ? -Gritei andando em sua direção.

- Quando você me falou sobre o envelope, fui atrás deles, queria saber porque estavam te ameaçando, quem era a pessoa.- Disse olhando nos meus olhos. - Então Lorenzo disse que era algo particular entre você e um dos integrantes, um dos protegidos da máfia.

- DIZ ONDE JASON ESTÁ MERDA? -Gritei e parti para cima dele dando socos em seu peito.

Ele segurou meus punhos continuei me debatendo apenas querendo acabar com Roy.

- Saí de lá, apenas com uma certeza descobriria onde seu filho estava de qualquer forma e acabaria com essa merda toda, mesmo que isso me levasse junto. -Falou me sacudindo.

- Só me diz onde meu filho está, por favor. - Implorei chorando.

- Dediquei todos esses dias para descobrir, fui até o inferno para conseguir uma informação concreta e descobri onde o menino está.

- Só me conte onde ele está. - Implorei novamente mesmo sentindo medo da resposta.

- Você tem certeza Audrey? -Perguntou me analisando.

- É a única certeza que tenho no momento.

- Seja forte por seus filhos. -Falou soltando meus pulsos que já estavam doloridos.

- Diga de uma vez merda. -Ralhei. - Onde e com quem está meu Jason?

- Está aqui em Chicago com Duke Crocker. - Disse por um fio de voz.

- COM QUEM?

- Você ouviu muito bem, Duke Crocker.

- Não pode ser, ele não faria isso comigo.

- Me desculpe, mas...

Não escutei mais nada que Roy falava, minha cabeça variava de Duke para Jason. Duke não seria capaz de sequestrar uma criança, ele poderia ter muitos defeitos mais isso, isso não. Ou seria, não sei, talvez nunca tenha conhecido aquele moreno, tudo durante esse tempo foi apenas um teatro para terminar o que tinha começado a 3 anos atrás, eliminar a última testemunha daquele maldito dia.

Meu coração estava quebrado, acaricie minha barriga tentando arrumar uma resposta logica para tudo isso.

Quando seria que eu pararia de sofrer, deis que Duke entrou na minha vida virou essa bagunça será que eu nunca poderia ser feliz tinha que estar sempre sofrendo.

Andei até meu telefone e disquei o ramal da Raphaela.

- Pode falar Senhorita Parker ?

- Liga para a Polícia.

- Audrey não faz isso. - Roy falou tentando pegar o telefone.

- LIGA AGORA RAPHAELA. -Ordenei.

rialt/by


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