Capítulo 3

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Me despedi do Harry e abri a porta de casa com cuidado porque já estava a noite e eu estava totalmente molhada.

— Posso saber onde você estava?! — era meu pai e ele estava sentado no sofá com uma cara nada boa.

Tranquei a porta com uma cara de desinteressada e logo olhei para o seu rosto sério enquanto torcia o meu cabelo que respingava, molhando o carpete da porta de propósito.

— Estava tomando banho no rio. — Eu não minto para ele, não preciso mentir, não tenho medo dele.

— Sozinha? — ele deveria ter total certeza de que eu estava com o Harry.

Revirei os olhos e após balançar as mãos para o ar, respondi:

— Não, estava com o Harry, algum problema?— indaguei já andando.

— Você sabe que eu não gosto dele e nem da família dele, mas isso é outro assunto. Quero falar sobre o Igor — Não acredito!, a minha irmã deve ter contado para ele o que aconteceu mais cedo.

— Não tenho nada para falar sobre esse canalha — exclamei com um olhar de tédio.

— Por que você não gosta dele? Por que você é sempre diferente de todo mundo?!

— Ah que saco! — aumentei a voz —, você sempre vem com esse papo e sempre tem o mesmo desfecho, você quer falar sobre o Igor?! Então está bem.Hoje ele estava tentando me agarrar, o Harry chegou e deu um soco na cara dele, feliz?!

— Por que você adora inventar coisas sobre ele? Por que você é a única que não gosta dele?

— Bom, vamos lá; A Isabel é apaixonada por ele, o Christian não está nem ligando para o Igor, o John é o estranho que não liga para nada e a Alexa já transou com ele, então eu sou a única que não gosta dele?!

— Chega, Emilly. Eu não queria, porém vou ter de fazer — diz sério.

— Você... você não seria capaz — Quando um vampiro é meio descontrolado ele é mandado para o quarto do controle, irônico não é?!. Eu nunca fui para lá, porém falam que lá o vampiro não consegue usar os seus poderes.

— Eu já conversei com a sua mãe e ela concordou — diz por fim.

— Eu não acredito que vocês vão fazer isso comigo! — senti meus olhos ardendo, deveriam estar vermelhos.

— Sarah, pode vir — eu não estava mais me aguentando e então usei minha super velocidade, mas quando eu encostei na porta minha mão queimou.

Verbena.

— Mas que merda... — senti alguém pegar o meu braço.

— Me solta! — meu pai segurou meu braço mais forte e minha mãe tapou a minha boca.

Antes dela amarrar o pano na minha boca eu consegui falar uma última frase:

Eu odeio vocês — taparam meus olhos e levaram-me até o quarto.

  




Era um quarto escuro e velho pelo jeito, no lugar da janela tinham grades e uma porta de ferro com barras para olhar para a parte de fora.

— Você vai ficar aí até melhorar o seu comportamento — disse meu pai autoritário.

— Mãe, eu não acredito que você vai deixar esse monstro fazer isso comigo, você sempre me defendeu!— exclamei incrédula.

— Filha, isso é para o seu bem — diz chorosa.

Mariposa (Série Vampira e Presas) - Livro Um (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora