Capítulo 47

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Talvez tudo que você pense que é, na verdade não seja.

Imagine a sua vida toda você ser ensinado que gato é um gato e cachorro é um cachorro, e de repente vem alguém e diz que isso não é verdade. E o pior é quando a pessoa tem provas de que o argumento que ela defende é verdadeiro e irrebatível. E a sua cabeça gira em proporções que seriam geneticamente impossíveis. E é neste momento que você descobre que a sua vida era uma total mentira.

Ser enganado pelas pessoas que eu mais amo, tem virado costume.

Primeiro minha mãe e Elliot.

Minha tia.

E agora, a pessoa que eu menos esperava.

Simplesmente estou uma confusão.

Mas só vou relatar isso depois, primeiro vou continuar a contar sobre os quebra-cabeças, e depois contarei finalmente sobre o final que teve tudo isso.

Vou continuar contando sobre a minha conturbada vida, mas não espere que isso vá melhorar, porque não vai.

Nada na minha vida melhora, isso já é um fato.

E contra fatos, não há argumentos.

(...)

Eu nunca fui boa com eletrônicos, seja de computadores a celulares. Não sei se foi pelo fato de eu ser uma vampira ou porque sou totalmente desprovida de vontade de aprender a utiliza-los. Agora eu estava em casa tentando acessar o computador que Harry comprou, na tentativa de saber onde se localizava a loja do Billy Lee.

Até porque, o feiticeiro não me deu o endereço ou algo do tipo.

Consegui entrar no navegador e estou de cara para o Google sem saber exatamente o que pesquisar.

Endereço do mago que tem a arma que matará a minha mãe"

Acho que é muito direto para um robô online.

"Loja de armas antigas"

Pus e logo após apareceu uma fileira de informações.

Olhei cautelosamente para cada uma e entrei em cada site a procura do Billy.

Entrei em um e vi várias armas que ele continha, e lá estava a arma que iria ser usada para matar a minha mãe. Imprimi o endereço e o escondi debaixo da fruteira.

Eu não poderia ir agora, já que Harry estava dormindo— estava de madrugada —, mesmo que ele tenha o sono pesado, é melhor não arriscar.

Deito na cama em busca de tentar me desvencilhar de tantos problemas.

(...)

Acordo e olho para o lado, Harry não está mais na cama. Me levanto devagar a procura dele.

Olho em todos os cômodos e não o vejo, quando olho para trás ele está ali.

— Que susto! Quer me matar do coração? — pergunto assim que o vejo atrás de mim e ponho a mão no peito. Ele ri e enquanto isso eu ando em direção a cozinha.

Olho furtivamente para a fruteira e me assusto ao ver que o endereço não está mais lá.

O que poderia ter acontecido?.

Harry com certeza não o encontrou, se não ele iria me perguntar diretamente o que era aquilo.

— Que foi? — pergunta enquanto abre a geladeira.

— Ah, nada — digo disfarçadamente.

Quando ele sai da cozinha e entra no banheiro, eu corro em direção a fruteira e olho em todo lugar para tentar achar a folha que eu tinha escondido ali.
Não acho e me seguro para não dar um soco na mesa. Quando me sento no chão frustrada, acho o papel caído no chão, bem perto da fruteira. Pego-o e o guardo em uma das minhas bolsas.

Mariposa (Série Vampira e Presas) - Livro Um (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora