Eu estava pensando nas palavras do Igor.
Eu não era uma escolhida.
Com certeza eles estavam falando isso para me enganar, porque, eu ainda não sabia.
Parei meus pensamentos quando vi uma parte do cubículo ser aberta e uma mulher de jaleco branco entrar:
— Está se sentindo bem?— perguntou com falso carisma.
Olhei em seu rosto e a minha vontade era dizer: "Não, pois eu não sinto nada. Absolutamente nada."
— Estou falando com você — exclamou nervosa.
Acho que o melhor é optar pelo silêncio, já que a minha mente era um emaranhado de pensamentos, talvez não saísse nada de coerente.
—Então tá bom — ela me deu choque com o que parecia ser um eletrochoque.
— Ahh! — urrei de dor.
— Como está se sentindo? — perguntou novamente com irritação.
— Péssima. — disse passando a mão no local do braço que levei choque.
Um cheiro de carne queimada invadia minhas narinas, e logo um sorriso se estampou em seu rosto quase angelical, causando uma impressão macabra em sua feição pálida.
— Que bom, os remédios estão funcionando — disse friamente e saiu da sala.
Antes dela chegar, já haviam me dado uma seringa e fui obrigada a aplicá-la em mim, talvez tenha nela os taus medicamentos.
Minha cabeça girava e logo ouvi o barulho de uma porta batendo e logo ouvi uma discussão:
— Não quero você maltratando a Emilly — ouvi uma voz grave comandar.
— Mas...
— Mas nada, ela continua sendo minha filha, uma coisa é lavagem cerebral outra é a enlouquecer ou a maltratar. — explicou com impaciência. — Não esqueça que você está em minhas mãos.
Eu tinha percebido que ela era humana, o latejar de sua veia não deixava duvidas. Talvez seja por isso que ela esteja nas mãos do Louis, contudo o que motivaria uma humana a se arriscar desse modo?
Consegui ouvir os seus pensamentos, eles latejavam na palavra "Vingança". Seu filho havia sido morto por um vampiro, e meu pai prometera a ela uma vingança, em troca de seus serviços.
— Desculpa Senhor, e-eu tinha o direito de vingança por isso estava fazendo isso, mas não irá se repetir, eu prometo. — disse de forma nevosa.
Minhas vontade era gritar e dizer que ela estava mentindo, pois o que ela mais desejava era me matar aos poucos e de forma dolorosa.
Sim, os vampiros podem ser mortos, existe uma planta muito rara que anula a maldição vampírica, nos transformando aos poucos em humanos — para os mais antigos, como eu, somos transformados em uma carcaça antiga, e depois viramos pó.
— Acho bom, ela nunca, nunca pode saber o segredo... — disse de forma misteriosa.
Mais um segredo.
Quantos segredos uma só família consegue manter?
A única ideia que rondava a minha mente, é que eu faria de tudo para descobrir esse tal segredo.
— Olá, Emilly. — vejo novamente o holograma do Igor.
— Mais testes? — pergunta curiosa.
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Mariposa (Série Vampira e Presas) - Livro Um (Concluído)
VampireEmilly Altermann, uma vampira que é melhor amiga de um lobisomem, tem uma vida normal de rebeldias contra os seus pais e os seus irmãos. Sua vida dá uma reviravolta ao descobrir que ao invés de só uma vampira - que já não é nada comum - ela é metade...