Capítulo 37

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Um ano depois...

— Sim, Isabel, eu cuido do pequeno Daniel para você. — Digo enquanto eu estou ao telefone com a minha irmã — Isabel, ele tem seis meses, não um dia — comento segurando o riso que eu queria estar dando por conta de minha irmã coruja.

Quando eu olhei pela primeira vez nos olhos do pequeno Daniel, eu pude ver que ele seria um orgulho para toda a nossa família, mesmo que não fosse natural dela. Isabel o encontrou em um hospital, — já que ela trabalha em um, por mais irônico que pareça — sua mãe tinha acabado de morrer, e o neném a atraiu tanto que ela não conseguiu deixá-lo para ir para a adoção — um sistema totalmente falho. Então depois de uma insistência, Igor aceitou ficar com o bebê humano.
E o melhor, é que por enquanto não precisa ter preocupação, pois como o bebê humano ainda está se estabilizando, seu sangue ainda não está pronto, então ele não tem cheiro de sangue. Na verdade, com o passar da convivência com os vampiros, seu cheiro vai ficar naturalmente vampiríco, como o nosso.

Eu lembro qando o peguei no colo — depois de muita insistência da minha irmã — e olhei bem fundo em suas pequenas esmeraldas verdes, e vi que ele olhava-me com a mesma intensidade. Seus poucos cabelos ruivos e suas bochechas com pequenas e discretas sardas, — herdadas de sua mãe — suas pequenas mãos e pés. No momento que sua pequena mão tocou o meu rosto, senti como se nos conhecêssemos há muito tempo, senti como se por aquele pequeno gesto, ele falasse para mim que já me amava.

 No momento que sua pequena mão tocou o meu rosto, senti como se nos conhecêssemos há muito tempo, senti como se por aquele pequeno gesto, ele falasse para mim que já me amava

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Emilly? — ouvi Isabel indagar através do telefone.

— Desculpa, me distraí por um instante. Pode trazê-lo hoje, Harry e eu cuidaremos dele. — digo olhando para Harry que ainda estava dormindo — Não, é óbvio que ele concorda, eles se dão muito bem — digo e dou uma mordida na maçã que estava brincando em minha mão.

Lembrei de quando minha mãe falava para eu não brincar com comida, e era exatamente o que eu estava fazendo. Às vezes sinto falta dela, faz alguns meses que não a visito.

Emilly? — indaga novamente depois de outra distração minha.

— Isabel, tenho que acordar o zumbi que está na minha cama, traga o meu lindo sobrinho e até mais — digo ao perceber que o diálogo não duraria muito pelas minhas distrações.

Desligo o telefone e vou em direção a cama acordar o meu namorado. Passo a mão em seus cabelos que já estavam longos, — eu simplesmente era apaixonada pelos seus cabelos nesse comprimento — ele mexeu-se um pouco e me olhou com o olho entreaberto.

— Qual a novidade?. Vejo que estava ao telefone logo cedo — diz se sentando na cama para me ouvir.

Uma das atitudes que eu mais amava nele era essa. Não era comum ver homens parando o que estavam fazendo para simplesmente ouvir nós, mulheres. E ele sempre fazia isso, eu não precisa nem pedir-lhe.

— Era a Isabel, ela precisa sair e não tem uma pessoa para cuidar do pequeno Daniel, eu nos pus ao seu dispor — digo com um pequeno sorriso.

Ele me observa com intensidade e logo solta uma pequena risada. Ergo minha sobrancelha e ele puxa-me para um abraço.

Mariposa (Série Vampira e Presas) - Livro Um (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora