— Meu Deus, Emilly, meu Deus, Emilly!! Eu não acredito que você voltou, minha borboletinha! Estou tão feliz, nunca mais saia para entregar a sua vida para alguém, ouviu?! — exclama minha mãe me abraçando pela milésima vez.
— Sim, mãe, já entendi, e sim eu vou sair para arriscar a minha vida de novo, mas eu prometo que vai demorar — comento rindo.
Ela me dá um tapa brincalhão e eu encolho o ombro. Todos estavam felizes com a nossa volta, nunca me senti tão amada, não só pela minha família como também pela família do Harry, que se alegrou com a minha volta.
— Fico feliz que você tenha voltado, Emilly. — diz o Elliot — o mesmo que criou o Harry quando seus pais morreram em sua infância, e, o meu pai verdadeiro.
— Obrigada, Sr.Bruns — ele me olha com um olhar de humor.
— Emilly, me chame d... — ele é interrompido.
— Não vamos apressar as coisas, tudo bem? — pergunto calmamente mas séria.
Não estou disposta à começar a chamar o Elliot de meu pai. Mesmo que fosse a realidade, ainda era algo distante da minha realidade. Agora que tudo estava aos poucos se encaixando aos seus lugares, eu teria coisas mais importantes para me preocupar do que a minha paternidade.
— Oi, Emilly — diz John meio sem jeito.
— Oi, John, muito obrigada por ter me ajudado em muitas coisas — digo com um sorriso no canto dos lábios.
— Que nada, você me consolou quando eu mais precisava — responde com um sorriso largo.
— Oi, mana! — saúda Christian totalmente descontraído —Que bom que está viva, loirinha! — comenta e me puxa para um abraço.
Era inevitável não rir. Christian sempre consegue alegrar a casa com esse seu humor insubstituível. Olho para seus lindos cabelos dourados e os puxo de brincadeira.
— Você também é loiro, não esqueça — respondo rindo.
Agora que vi todos reunidos, reparei que a Alexa não estava aqui. Tudo bem que ela não era muito sociável e não gostava de ficar entre todos, mas nem para nos receber?.
— E Alexa? — pergunto em seu ouvido.
— E...— ele é interrompido por um grito.
Todos voltam seus olhares a porta da frente da minha casa. O grito era feminino e parecia ser de alguém mais velho. Quem seria?.
— Eu vou olhar... — fui interrompida por uma louca que entrou gritando na minha casa.
— Emilly, você está viva! — agora eu reconheço a maluca que me sufoca com o seu abraço. Era a minha tia, ela sempre foi bem dramática nesse ponto.
— Sim estou viva, como pode ver — ela me olha novamente.
— É, você está viva. Mas essas pontas duplas poderiam estar mortas não é? E essas olheiras Emilly, você está fedendo à esgoto! — ela tapa o seu nariz com humor.
Essa era a minha tia, sempre preocupada com a minha aparência ao invés de se preocupar com o fato de eu estar viva.
— A minha velha e dramática tia — respondo rindo. Ela me fuzila com o olhar.
— Velha não! Experiente! E pelo amor, Emilly, vá tomar um banho minha jovem e jogue essas roupas no lixo, entendeu? — confirmo com um grande balançar de cabeça e ela me guia — ou melhor, me empurra — ao caminho do meu esquecido quarto.
Entro ao meu quarto e ele está exatamente igual a quando o deixei. Só muda por um embrulho de presente que está em cima da minha adorável cama rosa.
Abro o embrulho e dentro dele acho um vestido, era branco e bem bonito, ele ia até a minha coxa e a partir da cintura era solto.
Entro no banheiro e perco a noção do tempo, termino minha higiene e ponho o vestido, deixo meu cabelo solto em seu cacheado e leio o bilhete que estava na caixa.
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Mariposa (Série Vampira e Presas) - Livro Um (Concluído)
VampireEmilly Altermann, uma vampira que é melhor amiga de um lobisomem, tem uma vida normal de rebeldias contra os seus pais e os seus irmãos. Sua vida dá uma reviravolta ao descobrir que ao invés de só uma vampira - que já não é nada comum - ela é metade...