Capítulo 41

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"Narrado pelo Harry"

Parece que tudo que minha mãe dizia para mim, era verdade. Quando você ama, querendo ou não você se entrega totalmente, você põe a necessidade da pessoa amada acima da sua.

Por isso que eu iria renunciar a minha negação sobre a viagem da Emilly, eu sabia que se ela estava lutando tanto era porque era algo importante para ela, e eu não podia interferir.

Segurei o seu rosto com cuidado — devido ao tamanho de minhas mãos — e olhei bem fundo em seus olhos azuis.

— E-eu fiquei com medo de te perder, Emilly — digo com as mãos trêmulas. — Eu fiquei com medo de que você não voltasse — digo chorando.

Eu a amava e a conhecia muito bem, então eu sabia que ela poderia simplesmente não voltar —consequência de tudo que eu disse a ela. Mas ela voltou, e eu não iria perder essa oportunidade.
As minhas lágrimas não eram de tristeza, e sim de saudade, saudade de vê-la. Acho que ela também estava sentindo o mesmo, pois tentou chorar.
Dou um beijo em sua testa e dou espaço para ela passar, eu teria de acabar com esse drama, se não eu choraria mais que ela — já que ela não tem a capacidade de chorar.

— Harry, você sabe que eu tenho de ir não é? — pergunta hesitante.

Acho que nesse momento ela esperava que eu gritasse ou que eu implorasse para que ela não fosse, mas eu a amo e entendo os seus motivos, eu iria apóia-la independe da minha opinião sobre esse assunto.

— Eu sempre soube, Emilly. Eu sempre soube que você não aguentaria viver uma vida sem as respostas a que tem direito. — digo calmamente — Eu mesmo não conseguiria...

Após eu dizer isso ela dá um sorriso, um dos seus melhores sorrisos

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Após eu dizer isso ela dá um sorriso, um dos seus melhores sorrisos. Vejo que ela se agradou ao saber que eu a apoiava, independente da minha opinião sobre esse assunto.

— Então você vai me deixar partir?

— Eu não tenho o direito de te proibir, Emilly, não quando o assunto não me diz respeito.

— Você irá comigo? — pergunta esperançosa.

Eu queria ter uma resposta concreta para a sua pergunta, mas eu não tinha. Não tinha o direito de interferir nessa viagem, até porque isso desrespeita a ela e não a mim.

— Eu ainda não sei. — Respiro fundo — É algo complicado, isso tem haver com você e com o seu passado, não sei se eu tenho o direito de interferir.

— Mas você faz parte do meu futuro, então você tem todo o direito — responde com um pequeno sorriso.

Suas palavras me tocam, não esperava por essa declaração a essa altura.

— Quando você irá?

— Hoje mesmo — diz rapidamente.

Hoje?! Já estava a noite, seria pior ainda para ela sair a essa hora.

Mariposa (Série Vampira e Presas) - Livro Um (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora