Descobrir que o filho desaparecido dos meus pais não era eu, e sim uma criança que eles entregaram a um estranho para conseguir ter outra, foi totalmente surpreendente. E também foi chocante, nunca esperaria uma atitude desse porte vindo da parte deles. Duas pessoas amorosas e protetoras como eles, como conseguiriam ter uma atitude dessa?! E principalmente; com um ser que não tem a capacidade de pensar, e que não teve a capacidade de negar ao desejo deles.
Estou decepcionada com meus pais, completamente decepcionada.
Levanto-me e ando em direção a saída da caverna onde eu estava. Do lado de fora já havia amanhecido, e isso significava que eu iria andar, e muito.
Depois de uma longa caminhada, começo a ver um castelo, — bem clichê só para constar — parece aqueles castelos da Idade Média.
Chego mais perto e aprecio a sua incrível fachada, ele continha uma pequena trilha com muitas flores na sua entrada principal.
Com certeza era nele que o feiticeiro residia, eu estava eufórica para o nosso encontro. Todavia, sei que não seria fácil conseguir contato com ele.
É tão engraçado pensar que um velho barbudo com cabelos e barba grisalhos vive em um enorme castelo. Será que outras pessoas viviam ali com ele?.
Não sei como faria para entrar e principalmente, para persuadir ele.
— Olá, Emilly, o feiticeiro está a sua espera — diz uma mulher assustando-me.
Uma das atitudes que eu mais odeio, é levar sustos, só para constar.
Ela era uma mulher com pele muito clara, cabelos morenos e olhos grandes e verdes.
A imagem da perfeição.
Ela usava roupas brancas e andava descalça, — um tanto quanto engraçado — ela tinha um tom carinhoso em sua voz.
— Como você sabe o meu nome? — foi a única frase que consegui formular depois do susto que levei.
Ela ri de forma doce e olha-me com ternura.
— O feiticeiro sabe de tudo, Emilly, consequentemente os seus seguidores usufruem um pouco dessa imensa sabedoria — diz de forma óbvia.
Me sinto uma mera vampira em sua companhia, e ainda não cheguei a ver o feiticeiro. Imagine em sua presença, serei a insignificância em pessoa.
— Venha — puxa-me pela mão e me guia pelo lindo jardim.
Não havia como não ficar calma na presença de flores tão bonitas e de odores tão doces e suaves. Havia uma grande quantidade de flores, de todas as cores, era como se todas as flores do universo fossem colhidas e depositadas neste jardim.
— Gostou? — pergunta ao me ver observando as flores por muito tempo.
— Sim. São incríveis — respondo com brilhos nos olhos.
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Mariposa (Série Vampira e Presas) - Livro Um (Concluído)
VampireEmilly Altermann, uma vampira que é melhor amiga de um lobisomem, tem uma vida normal de rebeldias contra os seus pais e os seus irmãos. Sua vida dá uma reviravolta ao descobrir que ao invés de só uma vampira - que já não é nada comum - ela é metade...