Capítulo 17

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Depois de uma hora de caminhada e de reclamações do Harry é claro, finalmente estávamos chegando ao covil do Heitor. Somos rápidos, o problema era que eu não conseguia lembrar onde ficava a toca exatamente, pois era embaixo da terra.
Passei o pé na parte do chão, na qual ficava a entrada do covil, chutei com força e a porta se abriu.
Entramos com o máximo de silêncio possível e a única coisa que consegui ver foi; sangue, destruição e uma frase na parede.

"The time is over"

Estava escrito em sangue, assim que vi perdi o equilíbrio e Harry me segurou.

Quem poderia ter escrito isso?!

Fui para o escritório do Heitor procurar pistas, ele não estava ali, como o esperado. As gavetas de sua mesa estavam espalhadas e as folhas que estavam dentro estavam cortadas, rasgadas e amassadas.
Tirando os corpos dos mortos não tinha nenhum sinal de ninguém.

Onde estaria o Heitor?

Me abaixei e peguei um dos papéis que ainda estava inteiro.

"Eu voltei Emilly, na verdade eu não fui"

Aquelas palavras me tocaram, algo tão simples e ao mesmo tempo tão inesperado.

Eu sabia quem tinha escrito isso...

Eu sabia a charada...

Eu sabia que ele não estava morto...

Eu sabia que era o Igor.

Guardei o papel no bolso da minha calça, ninguém a não ser eu viu o papel. Só restava uma dúvida; Como ele tinha sobrevivido? Era um truque? Ele estava do lado do Heitor?.

Voltamos a estaca zero.

— Emilly — chama John em um tom estranho.

Ando em silêncio até a sua direção.

— Olha — aponta para uma frase na parede.

"Encontre-me na vila, sozinha"

— Sabe quem foi que escreveu isso? — pergunta olhando para mim.

— Sim, e eu também sei onde é...




Depois de alguns minutos andando paramos para resolver o que faríamos.

— Eu irei sozinha e vocês vão me esperar aqui — mandei em tom autoritário.

— Óbvio que não — rebate Harry.

Já vi que seria bem complicado conseguir chegarmos a uma conclusão. Eu iria sozinha e não aceitaria nenhuma negação.

— Pela primeira vez eu concordo com o lobo — diz John irônico.

Olho para ele o fuzilando com o olhar. Paro para pensar em que argumento poderia usar para conseguir o que eu queria.
Seria muito perigoso ir sozinha, mas com o Igor eu sei me entender fácil.

— Eu vou sozinha e vocês vão se esconder nas árvores, sem objeções — digo e me levanto.

Eles ficam me olhando como se estivessem impressionados.

Mariposa (Série Vampira e Presas) - Livro Um (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora