Capítulo 8

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Abri os olhos com uma dor imensa na cabeça, logo vi que não estava sozinha:

— Onde está a Isabel? — indago olhando para os lados.

O homem de expressão carrancuda olha para o seu celular e logo volta o olhar com tédio para mim:

— Não te interessa, o chefe quer te ver — ele abriu a cela e me guiou.

Havia um pequeno corredor com paredes escuras e não pareciam ter outras celas lá. Ele me guiou a uma sala que tinha uma porta aveludada vermelha:

— Entra — ele me empurrou para dentro da mesma.

Olhei ao redor e vi que era mais um escritório. Tinha paredes cor de creme, algumas pinturas nas paredes, uma mesa no centro de madeira, duas cadeiras em frente a mesma e um armário no canto inferior da sala. Além de uma cortina que parecia tapar uma janela logo atrás da mesa.

— Olá, querida! — o homem que estava sentado me saúda.

Quando levanto o olhar, percebo atônita que era o meu pai.

— Pai! O que... por isso que você protegia tanto o Igor, você estava contra todos nós, seu monstro! — exclamei já entendendo o seu plano.

Era óbvio que Igor não tinha a capacidade de fazer isso sozinho.

Outro motivo para meu pai sempre o apoiar.

— Eu não podia deixar o Igor sozinho nessa, quando nós tivermos total controle sobre os vampiros, eu matarei aquele lobo que viveu no passado da sua mãe. — diz com mágoa.

Não era possível.

Outro que queria vingança...

Será que eles nunca aprendem que isso não leva a nada?

E mais ainda... algo que aconteceu há tanto tempo, para que trazer a tona?

— V-você tem ciúme dele?! Por isso está fazendo tudo isso?! Por uma simples vingança! Qual o seu problema?! Seu ... — dois homens que haviam entrado na sala me seguraram com força, mas de tanto ódio escapei e agarrei no pescoço do monstro que eu chamo de pai.

Ele achou que dois brutamontes seriam capaz de me deter?

T-tenho um presente para você ...— gagueja devido a falta de ar. — Abram a cortina.

Abriram a cortina que eu tinha visto, contudo atrás dela não tinha uma janela, e sim uma cúpula de vidro com o Harry dentro.

Não pode ser!

Ele se transformava em lobo para tentar quebrar a sua prisão mas era em vão, só o desgastava mais.

— Harry — supliquei soltando o meu pai e colocando a mão no vidro.

Ele não podia me ouvir, e acho que nem me ver. Seus olhos caçavam por uma saída, como um rato em um labirinto.

— O que fizeram com você ?! — exclamei e ele tentou falar algo mas o som não saia.

Vi uma lágrima descer pelo seu rosto, uma única lágrima solitária, enquanto eu sentia o meu coração apertar.

Quem me dera ter a capacidade de chorar.

— Chega de novela, peguem ela e não a soltem dessa vez — me seguraram com força, e logo senti uma seringa em meu braço.

Verbena.

Me deixava mais fraca, amenizava os meus poderes.

— Não! ME SOLTEM!!! HARRY! — eu me debatia descontrolada.

Mariposa (Série Vampira e Presas) - Livro Um (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora