— Há muitos anos estão procurando por você, Emilly, e infelizmente muitos vampiros e até lobisomens foram testadas para descobrir se eram as escolhidas — balbuciou cabisbaixa.
Eu não sabia o que dizer, era algo completamente fora da minha realidade.
Mas por que eu era a escolhida? E o que me tornava a escolhida?
Até agora eu não tinha percebido nada de diferente em mim comparada as outras sobrenaturais.
— Eles são uns monstros, e meu pai está liderando tudo.
— Seu pai?! Eu nunca imaginaria isso — diz espantada.
Nem eu imaginava isso.
E minha mãe e acho que alguns dos meus irmãos não imaginam nada disso.
Acham que estou por aí com Isabel e o meu pai.
Ninguém vai me procurar.
E ninguém vai me salvar.
Assim como essas outras pessoas presas aqui.
— Kate, fizeram muitos testes em você? — sua feição mudou.
Isso era um mal sinal.
— Isso, — levantou a blusa e mostrou várias cicatrizes — isso — mostrou as costas que tinham queimaduras — e isso — mostrou uma das pernas que estava bem danificada.
Eu não sabia como reagir.
Tudo isso porque estavam me procurando.
Tudo isso por culpa minha.
— E você? — perguntou.
— Nada até agora, parece que passei em todos os testes.
— Isso nunca aconteceu, estranho...
— Eu sei, tenho medo de não passar em algum — eu sabia que se falhasse ganharia uma cicatriz como a dela.
— Você é a escolhida, você vai passar em todos — comentou confiante.
Quem me dera ter toda essa confiança que colocavam em mim, e o pior, vou ter de me acostumar com todos falando por aí que eu sou a tal escolhida, mesmo que eu odeie isso.
— Como as coisas funcionam por aqui? — pergunto ignorando o "escolhida" de sua frase.
Eu sinceramente estava começando a odiar essa palavra.
— Cada sirene avisa uma refeição e cada alarme avisa a hora de treinar e cada feixe de luz é a hora de se deitar ou de acordar.
— Tudo aqui é bem controlado.
Nem parecia que meu pai e Igor estavam controlando tudo isso.
Como também não parecia que eles eram capaz disso.
— Sim, mas a pior parte é o treino, somos obrigados a brigar uns com os outros e quem vai ganhando vai ficando — comenta com certa chateação.
Brigar?!
Eu poderia ser o que for, mas odiava brigar sem motivo.
Principalmente com mulheres que estavam sendo feitas de prisioneiras.
Como colecionar ratos e obriga-los a lutar uns com os outros, só uma mente sadica seria capaz disso.
— E quem perde? — perguntei já hesitante pela resposta.
— Morre — diz normalmente.
— Nossa, fiquei assustada agora — morrer para eles não é algo tão importante.
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Mariposa (Série Vampira e Presas) - Livro Um (Concluído)
Ma cà rồngEmilly Altermann, uma vampira que é melhor amiga de um lobisomem, tem uma vida normal de rebeldias contra os seus pais e os seus irmãos. Sua vida dá uma reviravolta ao descobrir que ao invés de só uma vampira - que já não é nada comum - ela é metade...