(Esse na foto é o Harry)
Levantei daquela cama dura com o barulho da porta abrindo.
O ódio que eu estava dos meus pais, já passara, porém eu ainda não entendia para que tanto exagero.
Trancar alguém num quarto que mais lembrava uma cela, não iria fazer com que ela obedecesse, mas sim que ficasse louca.
E eu não estava longe disso...
— Emilly — Meu pai falou em tom frio. — Pode sair, acho que já passou tempo o suficiente aqui dentro, quero ver se você mudou. — Disse e eu só ouvi calada.
— Não vai falar nada ?! — ele indagou ainda com a expressão séria.
— Não tenho o que falar — respondi friamente.
— Tudo bem, só não quero colocar-lhe aqui dentro novamente — Assinto com um leve balançar de cabeça e saio.
— Seu quarto foi arrumado, achamos que deveria ter a aparência de uma mulher — O quê?, odeio que mexam nas minhas coisas!.
Eu entendi que ele havia feito isso mais para me testar, ver se eu tinha mudado ou não. Talvez antigamente eu houvesse o xingado ou quebrado o meu quarto, mas eu estava aprendendo a mentir e a disfarçar.
Fui correndo para o meu quarto literalmente.
— Não acredito! — meu quarto ao invés de preto, estava rosa; com tudo rosa, praticamente — cama, guarda roupa, cômoda, tapete.
— Gostou?!— Isabel perguntou entusiasmada.
Cerrei os dentes em sua direção e logo disse mais alto:
— Odiei! Foi você?! — Eu até pensava que tinha sido ela, até porque Isabel fazia tudo que eles queriam.
— Não, foi mamãe, eu nunca tocaria no seu quarto.
— Isso é um teste daquele...
— Nosso pai?!
— Seu pai, ele não é mais meu pai — comentei friamente.
— Emi...
— Sai!
— Mas...
— Agora! — a empurrei para fora do quarto batendo a porta com força.
A minha raiva passou quando senti o meu cheiro, eu estava fedendo. Que nojo!.
Entrei no banheiro, abri o chuveiro e me deliciei com a água gelada e maravilhosa que estava descendo pelo meu corpo.
Droga! Esqueci a roupa. Saí do banheiro de toalha , — só tinha eu ali, ou quase isso... Harry —.
— Oi, minha sangue suga favorita — ele saudou saindo da minha janela e sentando na minha cama rosa.
— Oi — respondi de forma seca enquanto ia até o meu armário rosa pegar uma roupa .
— Sério, você vai me ignorar?! — indagou incrédulo.
— Eu estou de toalha e quero pôr uma roupa, posso? — digo com a sobrancelha arqueada.
— Não, você fica melhor assim — respondi com um sorriso malicioso.
— Não, não fico — peguei a roupa e voltei para o banheiro.
— Podia se trocar aqui mesmo — diz ainda com o maldito sorriso no rosto.
Idiota.
— E você podia parar de encher a droga do meu saco — entrei no banheiro e me vesti.
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Mariposa (Série Vampira e Presas) - Livro Um (Concluído)
VampirEmilly Altermann, uma vampira que é melhor amiga de um lobisomem, tem uma vida normal de rebeldias contra os seus pais e os seus irmãos. Sua vida dá uma reviravolta ao descobrir que ao invés de só uma vampira - que já não é nada comum - ela é metade...