Capítulo 38

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Caio para trás assim que volto para a realidade. Harry vem correndo em minha direção e me levanta com um olhar de preocupação.

— O que aconteceu? — indaga preocupado.

Ignoro a sua pergunta e corro em direção a cama. Daniel me olha como se soubesse o que aconteceu e quando eu chego mais perto ele põe novamente a mão em meu rosto.

— É real? — pergunto baixo o suficiente para Harry não ouvir.

Ele continua com a mão em meu rosto e me olhando intensamente.
Eu sabia que ele era um bebê e que não iria responder as minhas perguntas. Ele tinha seis meses, com certeza ainda não sabia falar papai e mamãe e muito menos andar.

Eu precisava de alguém que soubesse sobre coisas sobrenaturais ou poderes vampíricos, eu precisava saber se isso era real ou não.

Pego minha bolsa e dou um beijo em Daniel e em Harry.

— Vai aonde? — indaga surpreso.

—  Não demoro a voltar e não posso te contar, não agora — digo e vou em busca das minhas respostas.

— Então ele tem o poder de prever o futuro? — pergunta minha tia repetindo essa frase pela terceira vez.

Daniel era filho de uma humana, mas não sabíamos quem era o seu pai. Minha tia tinha explicado que talvez — por coincidência ou não — seu pai fosse vampiro, ou de uma família com essa descendência, era a melhor explicação para os seus poderes.
Seguindo isso, ou Daniel era um bebê vampiro, ou ele simplesmente tinha poderes antes mesmo de descobrir a sua maldição.

— Então tudo é real? - pergunto nervosa.

— Hum, não. — Diz para o meu espanto — Estas visões são distorções do que acontecerá no futuro. — Ela procura um papel enquanto conversa comigo — Como ele está no estágio mínino o seu poder ainda não foi centralizado , conclui-se que pode ser real, todavia nada constata que irá acontecer do modo que foi exposto em sua visão — disse e me mostrou um papel.

Olho para o papel curiosa mas não entendi absolutamente nada. Claro, o papel estava com vários textos escritos em Latim.

— Tia, eu não sei traduzir Latim — comento calmamente.

Minha tia era uma pessoa muito boa, mas acho que pelo fato dela ser a feiticeira da família ela acaba enlouquecendo um pouco. É difícil ter algum feiticeiro que não tenha os seus momentos de loucura.

— Ah, minha querida, me dê isso — ela pegou o papel que estava em minhas mão.

Olhei para ela esperando algo mas ela simplesmente ficou em silêncio.

— Tia? Então, o que tem no papel? — perguntei inquieta.

— Uma receita — responde normalmente.

Ela só poderia estar de brincadeira com a minha cara.

Ela só poderia estar de brincadeira com a minha cara

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Mariposa (Série Vampira e Presas) - Livro Um (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora