Capítulo 37- Sem chão

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Kukaku estava concentrava na arrumação do quarto e estava totalmente à vontade. Vestia um short jeans e uma camiseta vermelha. Os cabelos negros estavam presos com uma fita branca.

_ Você poderia ter pedido a emprega arrumar o quarto. – falou o irmão mais novo.

_ Você é um idiota, Gingo. – respondeu irritada – Tem mais quarenta anos nas costas e até hoje não sabe que eu tenho essa mania de limpeza? Principalmente quando estou preocupada?

_ Oras, eu só quis ajudar. – deu os ombros – Mas me diga: em que você está preocupada? É com a estadia da Orihime aqui?

_ Ah, isso é de menos! – falou enquanto esticava o lençol na cama – Estou preocupada com o futuro do nosso sobrinho.

_ Então você realmente acredita que ele seja o verdadeiro Ichio Shiba.

_ O D.N.A está aí para comprovar. – não parava de arrumar a cama de casal – E outra: ele é a cópia de Isshin, só de cabelos ruivos. Pelo menos essa angustia não irei mais ter.

_ É umas poucas vezes que eu a vejo feliz por alguma coisa. – ponderou Gingo – Geralmente você está xingando tudo e à todos.

_ Para de agir como um adolescente falando que eu xingo. – olhava satisfeita o serviço – Basta mais de uma década de luto. Estou sim, muito feliz. Reencontrei o meu sobrinho e de quebra ganhei uma sobrinha linda, que em breve dará um herdeiro para esta família. Já que alguém foi um incompetente de não segurar um namoro. Não é mesmo? – falou com as mãos na cintura e olhou por cima dos ombros.

_ Digo o mesmo – resmungou e logo percebeu o olhar mortal da irmã

_ Sou a mais velha dos quartos irmãos e cuidei tanto do patrimônio e de vocês. Pelo menos, Isshin e Kaien não me deram tanto trabalho, como um certo alguém. Que aconteceu com Isshin foi uma tragédia, ele era bastante inteligente e competente no trabalho e também como um chefe de família. – suspirou – É uma pena, eu não tive a oportunidade de falar isso à ele pessoalmente. – ficou calada por um tempo.

Gingo percebera a mudança da afeição da irmã. Kukaku não era demonstrar sentimentos para nada. Típica uma durona, não se deixava por abater. Não levava desaforo para casa, sempre tinha uma resposta afiada. Fazia também da linha dura. Comandava a empresa com pulso firme.

_ Meu trabalho acaba por aqui. – olhou cada canto do quarto – Deu outra vida.

_ Esse era o quarto do Isshin! – reconheceu Gingo.

_ Você é realmente lerdo! – praticamente gritou o homem – Lógico! Ichigo tem o direito de ficar com o quarto.

_ Falando em direitos... – Gingo olhou para irmã – O advogado está aí, querendo falar contigo!

_ E por que não falou logo? – bateu na cabeça de Gingo – Fazendo ele esperar este tempo todo? Idiota! – bradou

_ Desculpa! – esfregou com as mãos a parte dolorida.

_ Desculpa é o caraio. – falou sem cerimônia – Fecha a porta do quarto ao sair, para manter limpo. – saiu resmungando para atender o advogado.

****

Ulquiorra estava na sua estação de trabalho na delegacia. Estava digitando mais um dos relatórios do dia. A sua suspeita de ligação de casos foi meio que em vão. Foi apenas uma "viagem na batatinha", algo que não poderia acontecer no seu trabalho. A razão e a comprovação dos fatos são fundamentais. O "eu acho", "eu imagino" não devem existirem.

Mas nem tudo foi em vão. Vê-la novamente foi especial e ainda sorrindo. É de deixar o coração acelerado e as mãos frias. O mais divertido disso tudo foi os ciúmes de Ichigo ao um simples beijo na bochecha. Aquilo foi delirante, o máximo para Ulquiorra. O rapaz de olhos esmeraldas sentia um adolescente apaixonado.

Trouble MakerOnde histórias criam vida. Descubra agora