Capítulo 26- As algumas verdades.

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A garota li atentamente aquele painel. Estava em silencio, não quis comentar nada. As suas expressões faciais, demonstravam que estava tentando compreender cada linha, cada palavra ali escrita.

_ Então. – mordeu seu lábio inferior

O ruivo que estava encostado na mesa que estava no canto ao lado do painel levantou o olhar para moça. Esperou ela pronunciar.

_ Você é da família Shiba – respirou fundo – Me desculpe não lembrar desse acontecimento. – Passou a mão numa reportagem – Afinal na época eu era adolescente preocupada de não sofrer bullying na nova escola.

_ Tudo bem, eu entendo – levantou aproximou da garota – Não estou cobrando isso.

_ Eu sei. – olha para o rapaz que está ao seu lado – Mas não entendi o motivo dessa chacina.

_ O meu pai trabalhava para o governo, Ishiin Shiba. – olhou para o painel – Estava desenvolvendo um projeto ambicioso. Mas as vezes aquilo que achamos estavam fazendo bem acaba fazendo mal. – apontou para foto da família – Parece que o projeto não era para bem da população ou contrário. Se fosse por isso tudo bem, meu pai poderia largar o projeto. Ele sabia de vários segredos.

_ Mas por que a família toda? Poderia ter sido somente ele?

_Poderia. – abaixou o seu olhar da foto – Não dar entender a cabeça desses ambiciosos. O assassino não aquele executa o crime e sim o mandante. Somos apenas instrumentos – fechou o punho da mão que estava na foto.

_ Por que você o único sobrevivente?

_ Nesse dia eu tinha brigado com meu pai – deu um sorriso fechado – Confesso que nunca fui bom garoto – riu – Deste daquele tempo já brigava por aí. Muitas vezes por motivos banais como a cor do meu cabelo.

_ O estranho que não citaram você nas reportagens. – concluiu a garota

_ Eu vi os malditos saindo da minha casa, creio que tive sorte. – deu uns passos para trás - O tiro passou de raspão. Não tive outra alternativa a não ser fugir. Tinha a sã consciência que eles iriam atrás de mim.

_ Enquanto ser kurosaki? – perguntou a ruiva

_ Meus tios ainda estão vivos e por outro lado sabiam que meu pai havia se metido. Foram eles que deram as entrevistas e deixaram que não haviam sobreviventes. Mesmos não encontrando o meu corpo. A cena do crime é totalmente de aterrorizante. Coisas que fizeram com as ninhas irmãs... – sua voz embargou.

_ Ichi... – a ruiva abraçou o rapaz

_ Adotei o sobrenome da minha mãe, Masaki Kurosaki – ruivo ainda não tinha recuperado – Para que poderia viver e ir atrás da verdade.

_ Entendi- compreendeu a ruiva – O que você pensa que fazer?

_ Mas o problema... – suspirou o rapaz - Não tenho coragem de enfrentar os meus tios. Que estes 15 anos estive vivo.

_ Ichi...

A moça abraçou o ruivo, não havia nenhuma palavra a ser dita. O que era necessário apenas as lágrimas que durante anos ficara contidas.

****

O homem de cabelos castanhos acompanha o movimento da SS através da parede de vidro da sua sala. Estava com um olhar refletivo dos últimos acontecimentos na agencia.

Ouve umas batidas na porta.

_ Entre – respondeu sem olhar para atrás. – O que deseja Nanao-chan?

Normalmente a moça iria irritar com "Nanao- chan", mas o velho Shunsui estava estranho.

_ Vim entragar os relatórios. – respondeu a jovem

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