Capítulo 49 - Obcecação

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A manhã estava sendo agradável, Kuukaku e Orihime tinha saído para dar uma volta na cidade. Kuukaku tinha a intenção de passar mais tempo com Orihime e saber mais do "adorável" sobrinho. As duas estavam no centro de compras da cidade, por mais que Kuukakufalasse que não quer ser chamada de 'avó' agia como uma e bem coruja. Ajudava nas escolhas da Orihime ou palpitava que deveria comprar para a criança. Orihime estava bem à vontade, ria das "reclamações" da tia sobre o seu sobrinho desnaturado, sentia acolhida pela família Shiba.

_ Vamos procurar um lugar para comermos. – falou a Kuukaku – Depois continuamos com as compras.

_ Você não acha que exageramos com as compras. – olhava para monte de sacolas que o Ganju teria carregar. – Acho que temos o suficiente para começar, não quero abusar.

_ Abusar? – a morena riu – Que nada! Não pode faltar nada para esse garotão que está por vim. – sorriu materno – Oh! Se tiver cansada, poderemos ir para casa.

_ Se você não importar.

_ Não precisa se acanhar. Por favor, pode falar que precisa.

_ Tudo bem. – concordou com um sorriso.

O celular da Kuukaku toca e a mesma pega o objeto olhando para o visor.

_ Me dê licença, é do escritório.

_ Estarei esperando na praça. – falou sorrindo

_A morena assentiu e a Orihime foi até o local que lhe avisou. Pelo horário estava cheio de crianças pequenas acompanhadas com as mães ou babás. A ruiva sentou em um banco próximo ao parquinho e ficou observar as crianças brincando. Não deixou de sorrir, ficou imaginando em futuro próximo de estar fazendo parte daquela cena. A sua mente viajou um pouco ao passado tentou lembrar da sua mãe. Tinha boas lembranças dela, de como era atenciosa e carinhosa. Se sua mãe pudesse se está junto, estaria participando da sua gravidez? O passeio que estava fazendo com Kuukaku, seria com ela? Uma lágrima escorria no seu rosto. A gravidez "brincava" com suas emoções. Limpou a lágrima com dorso da mão e voltou a olhar as crianças.

Enquanto os seus olhos acompanhavam um garotinho de cabelos negro energético, que corria sem parar, os seus olhos cinzentos avistaram aquela figura masculina. A ruiva ficou estática, a sua respiração ficou descompassada, sentiu um calafrio. Não poderia ser ele? Que ele estaria fazendo ali, há mais de um quilometro da cidade? O seu jeito de ajeitar os óculos confirmou a sua suposição. Sim, era ele. Ela cerrou os punhos.

_ Orihime? – a voz de Kuukaku desviou a sua atenção. – Você está bem? Está pálida.

_ Ah! Acho que tive uma leve tontura. – resolveu omitir – Deve ser do esforço. Quase oitavo mês, é normal sentir cansaço. – forçou um sorriso

_ Hmm. – a mulher levantou um sobrancelha em resposta – Tudo bem, já chamei o Ganju. Estaremos indo.

_ Claro.

Voltou a olhar para o local, ele não estava mais lá. Será que era a sua imaginação?

O retorno para casa foi em silencio. Kuukaku achou a mudança de comportamento da moça um pouco estranho, não quis forçar o assunto. Chegando na casa dos Shibas, Orihime deu a desculpa que iria deitar, mas tarde iria almoçar. A moça subiu para quarto, deitou na cama e ficou fitando o teto.

_ É apenas minha imaginação. – respirou fundo, enquanto repetia o mantra.

Deixou levar pelo cansaço, as suas pálpebras pesaram. Talvez um cochilo não faria bem. Isso não fosse interrompida com som do seu celular. Pensou rejeitar a ligação, lembrou que poderia ser o Ichigo ou Rangiku. Esticou o braço para criado mudo puxando o aparelho para si. Seus ambares arregalaram ao ver o nome no visor: Uryuu Ishida. Preferiu ignorar a ligação, depois de meses do ocorrido, não sentia bem para falar com ele.

Trouble MakerOnde histórias criam vida. Descubra agora